• EVANGELHO DO DIA E HOMILIA

– O AMANHECER DO EVANGELHO –

REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

SEXTA-FEIRA DA XVI SEMANA DA PÁSCOA

1) Oração

Ó Deus, que restaurais a natureza humana dando-lhe uma dignidade ainda maior, considerai o mistério do vosso amor, conservando para sempre os dons da vossa graça naqueles que renovastes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

2) Leitura do Evangelho (João 13, 16-20)

Naquele tempo, depois de haver lavado os pés dos discípulos, Jesus disse-lhes: 16Em verdade, em verdade, vos digo: o servo não é maior do que seu senhor, e o enviado não é maior do que aquele que o enviou. 17Já que sabeis disso, sereis felizes se o puserdes em prática. 18Eu não falo de todos vós. Eu conheço aqueles que escolhi. Mas é preciso que se cumpra o que está na Escritura: ‘Aquele que come do meu pão levantou contra mim o calcanhar’. 19Desde já, antes que aconteça, eu vo-lo digo, para que, quando acontecer, acrediteis que eu sou. 20Em verdade, em verdade, vos digo: quem recebe aquele que eu enviar, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou”.

3) Reflexão

* Nos próximos dias, com exceção das festas, o evangelho diário é tirado da longa conversa de Jesus com os discípulos durante a Última Ceia (Jo 13 a 17). Nestes cinco capítulos que descrevem a despedida de Jesus, percebe-se a presença daqueles três fios de que falamos anteriormente e que tecem e compõem o evangelho de João: a palavra de Jesus, a palavra das comunidades e a palavra do evangelista que fez a última redação do Quarto Evangelho. Nestes cinco capítulos, os três fios estão de tal maneira entrelaçados que o todo se apresenta como uma peça única de rara beleza e inspiração, onde é difícil distinguir o que é de um e o que é do outro, mas onde tudo é Palavra de Deus para nós.

* Estes cinco capítulos trazem a conversa que Jesus teve com os seus amigos, na véspera de ser preso e morto. Era uma conversa amiga, que ficou na memória do Discípulo Amado. Jesus, assim parece, queria prolongar ao máximo esse último encontro, momento de muita intimidade. O mesmo acontece hoje. Há conversa e conversa. Há conversa superficial que gasta palavras à toa e revela o vazio das pessoas. E há conversa que vai fundo no coração e fica na memória. Todos nós, de vez em quando, temos esses momentos de convivência amiga, que dilatam o coração e vão ser força na hora das dificuldades. Ajudam a ter confiança e a vencer o medo.

* Os cinco versículos do Evangelho de hoje tiram duas conclusões do lava-pés (Jo 13,1-15). Falam (1) do serviço como característica principal dos seguidores e seguidoras de Jesus, e (2) da identidade de Jesus como revelação do Pai.

* João 13,16-17: O servo não é maior que o seu senhor. Jesus acabou de lavar os pés dos discípulos. Pedro levou susto e não quis que Jesus lhe lavasse os pés. “Se eu não te lavar os pés, não terás parte comigo” (Jo 13,8).

E basta lavar os pés; o resto não precisa (Jo 13,10). O valor simbólico do gesto do lava-pés consistia em aceitar Jesus como o Messias Servidor que se entrega a si mesmo pelos outros, e recusar um messias rei glorioso. Esta entrega de si mesmo como servo de todos é a chave para entender o gesto do lava-pés. Entender isto é a raiz da felicidade de uma pessoa: “Se vocês compreenderam isso, serão felizes se o puserem em prática”. Mas havia pessoas, mesmo entre os discípulos, que não aceitavam Jesus como Messias Servo. Não queriam ser servidores dos outros. Provavelmente, queriam um messias glorioso como Rei e Juiz, de acordo com a ideologia oficial. Jesus diz: “Eu não falo de todos vocês. Eu conheço aqueles que escolhi, mas é preciso que se cumpra o que está na Escritura: Aquele que come pão comigo, é o primeiro a me trair!” João se refere a Judas, cuja traição vai ser anunciada logo em seguida (Jo 13,21-30).

* João 13,18-20: Digo isto agora, para que creiais que EU SOU. Foi por ocasião da libertação do Egito ao pé do Monte Sinai, que Deus revelou o seu nome a Moisés: “Estou com você!” (Ex 3,12), “Estou que Estou” (Ex 3,14), “Estou” ou “Eu sou” me mandou até vocês!” (Ex 3,14), O nome Javé (Ex 3,15) expressa a certeza absoluta da presença libertadora de Deus junto do seu povo. De muitas maneiras e em muitas ocasiões esta mesma expressão Eu Sou ou Sou Eu é usada por Jesus (Jo 8,24; 8,28; 8,58; Jo 6,20; 18,5.8; Mc 14,62; Lc 22,70). Jesus é a presença do rosto libertador de Deus no meio de nós.

4) Para um confronto pessoal

1) O servo não é maior que o seu senhor. Como faço da minha vida um serviço permanente aos outros?

2) Jesus soube conviver com pessoas que não o aceitavam. E eu consigo?

5) Oração final

Vou cantar para sempre a bondade do SENHOR; anunciarei com minha boca sua fidelidade de geração em geração. Pois disseste: “Minha bondade está de pé para sempre”. Estabeleceste tua fidelidade nos céus. (Sl 88, 2-3)

 

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA

– O AMANHECER DO EVANGELHO –

REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

SEXTA-FEIRA DA XVI SEMANA DA PÁSCOA

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 16″Felizes sois vós, porque vossos olhos vêem e vossos ouvidos ouvem. 17Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não ouviram”.
Palavra da Salvação.

 Jesus disse que os discípulos eram privilegiados por que seus olhos viam e os ouvidos ouviam o Filho de Deus ao vivo.

Muitos antepassados ou antecedentes, como os profetas, desejaram ver o que os discípulos viam. Eles viam Jesus fisicamente.

Muitos descendentes também, desejam hoje ver Jesus fisicamente.

Podemos ver e sentir Jesus quando olhamos a Hóstia consagrada. Podemos sentir Jesus bem perto de nós, quando estamos em estado de graça, em momento de oração, por exemplo. Podemos sentir a presença de Jesus na missa, principalmente no momento da consagração.

Hoje Jesus invisível está no meio de nós. Na pessoa do irmão, principalmente os mendigos, na Eucaristia, na palavra, no vento que sopra, na chuva que cai, no relâmpago, no cantar dos pássaros, nos gritos das crianças…

 Que maravilha seria se também nós estivéssemos na companhia do apóstolos e pudéssemos apreciar a presença de Jesus Cristo! Porém, para compensar essa dificuldade, Jesus se ofereceu para estar conosco pelos sacramentos, através da Igreja, e acima de tudo pela força da nossa fé. Deste modo, Somos felizes porque nos abrimos à ação da graça divina e reconhecemos a presença de Jesus em nossas vidas. É maravilhoso aquele suave arrepio que sentimos ás vezes ao contemplar a Hóstia consagrado no momento de sua elevação pelo sacerdote, ou quando estamos rezando no Sacrário! São momentos em que sentimos a presença viva de Cristo Jesus, bem ali do nosso lado!  Por isso, felizes somos todos nós que aceitamos de boa vontade esta presença de Jesus, e  O acolhemos em nossas vidas. Felizes somos todos nós que nos entregamos aos cuidados do Espírito Santo, e somos conduzidos por ele que dirige nossos pensamentos, e nossos passos nesta  caminhada rumo ao Céu. Somos felizes por renunciamos à sabedoria do mundo como um fim em si e aceitamos o mistério que nos abre para as realidades eternas e imutáveis. Felizes são todos aqueles que se deixam ser amados por Deus, entregando sem reserva a sua vida pelas causas do Reino dos Céus.  Amém!

 

Neste Evangelho vemos Jesus rezando, se dirigindo ao Pai em mais uma de suas orações, na frente dos discípulos. Ele agradece ao Pai  por ter feito um plano de salvação direcionado aos humildes, e aos pobres. Pois são esses que escutam a sua mensagem, principalmente sem questionar. Os pobres e carentes, precisam da mão protetora de Deus. Os humildes  não se envergonham ao receber qualquer tipo de ajuda. 

Ao dizer no Sermão da  Montanha, felizes são os pobres , os que passam fome, porque serão saciados, Jesus está definindo a sua opção pelos pobres. Está nos dizendo que nem sempre os ricos poderão se salvar facilmente.

Então se alguém vier a você em nome de Jesus, convidando-o para a sua religião dizendo que você vai ficar rico, que Jesus quer que você seja rico, e que primeiro você deve dar muito dinheiro para eles, com certeza não se trata de pessoas enviadas por Jesus Cristo. Não se iluda não se engane, porque é como o próprio Jesus disse:  Muitos virão em meu nome…   …tomem cuidado que virão a você dizendo Deus está ali ou acolá…   

Prezada irmã, prezado irmão: Fiquem espertos. Cuidado com fórmulas mágicas de curas miraculosas, embora Jesus tenha dito se tiveres fé podereis fazer tudo o que eu faço, a coisa não é bem assim. Alguém se apresentar a você prometendo curas espetaculares… Desconfie. Pode ser alguém que quer é tirar o seu dinheiro. Não é porque Jesus escolheu os pobres e os humildes, que você vai acreditar nessas coisas.

O plano de Deus não se direcionou para os ricos, porque eles se bastam a si mesmos, chegando a pensar que não precisam de Deus, pois têm tudo que quer. No tempo de Jesus, os Saduceus, escribas e fariseus misturavam política e religião de uma forma egoísta e gananciosa, deturpando o Judaísmo de Moisés e de Abraão, para ganhar muito dinheiro em nome de Deus. Eles enganavam os humildes mais a Jesus, não enganavam.

Portanto, não se deixe enganar ou levar por promessas miraculosas, dos  Saduceus e Fariseus modernos, pois como Jesus disse, são lobos vestidos de cordeiros.   Que Deus em sua força protetora prometida por seu Filho Jesus Cristo aos apóstolos, nos livre da malícia e da maldade dessas pessoas. Amém.