25 de dezembro Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo – NASCEU PARA NÓS O SALVADOR

EVANGELHO E HOMILIA DO DIA

O AMANHECER DO EVANGELHO

REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

25 de dezembro Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo

                                                                                  NASCEU PARA NÓS O SALVADORNatal e Páscoa são como dois luzeiros que iluminam de puríssima luz celestial o itinerário dos cristãos na caminhada do calendário litúrgico. Duas grandes festas e duas grandes alegrias. Para decidir qual é a maior, teríamos que distinguir. A Páscoa é maior pela glória; o Natal é maior pela ternura. A Páscoa é maior pela proclamação de fé, uma vez que, se Cristo não tivesse ressuscitado, nossa fé seria vazia e nossa religião uma fraude; o Natal fala mais ao nosso coração, pela bondade de um Deus que por nosso amor se faz criancinha e nasce na pobreza da gruta de Belém, numa fria noite de inverno.Ninguém se cansa de ler, sempre com renovada emoção, a página de São Lucas, onde um anjo de Deus vem dizer aos pastores que vigiavam no campo seus rebanhos noite a dentro: “Eis que eu vos anuncio uma grande alegria, que será para todo o povo: hoje nasceu para vós um Salvador, que é o Messias Senhor, na cidade de Davi.E eis o sinal que vos é dado: encontrareis um recém-nascido envolto em panos, deitado num presépio”(Lc2, 10-12).E a esse anjo logo se juntou uma multidão de seres celestes, que louvavam a Deus, dizendo: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade” (v 14) .E eles foram e encontraram tudo como o anjo havia dito: a criancinha na manjedoura. A Virgem Maria a seu lado. E José. E a pobreza e a simplicidade da gruta. Estava nascendo um mundo novo!E é essa novidade que alimenta a esperança dos séculos. Aprendeu-se a “armar” o presépio, para que desde a infância o povo aprenda que um dia nasceu Jesus em Belém.Criou-se a árvore de Natal, substituindo antigos ritos pagãos dos povos germânicos, uma vez que Cristo é a verdadeira árvore viçosa, nascida junto às águas correntes, para trazer ao mundo a fartura dos bens de Deus. E os calendários aprenderam a registrar o tempo, dividindo-o em anos “antes de Cristo” e anos “depois de Cristo”. Não só como marco cronológico, mas como estilo de vida, uma vez que o nascimento de Cristo veio implantar na terra um novo modo de pensar, de falar, de viver.Gostaríamos de que a celebração do Natal viesse reforçar em nós o propósito de uma vida nova. E, lamentando embora que a chegada desta festa em cada ano se vá transformando sempre mais numa gigantesca movimentação do grande comércio, que faz esquecer o verdadeiro sentido de amor e de fraternidade que deveria estar subentendido nos presentes que se dão e que se recebem, não podemos desconhecer que o Natal traz para o mundo um clima de alegria, de esperança e de paz. No Natal o mundo fica diferente. Reaparece uma nova vontade de fazer o bem. Criam-se expressivas mensagens, convidando o mundo a se transformar numa terra de paz e de amor. E para os cristãos mais esclarecidos- com que alegria o dizemos! – a interiorização do pensamento do Natal é fonte de fervorosa e proveitosa meditação. E a liturgia do Natal- extremamente rica de sabedoria e de beleza – traz para os sacerdotes, os religiosos, o laicato cristão consciente e participante uma renovação de energia para a fidelidade a seu batismo e à sua consagração ao serviço de Deus.Um dos sinais da alegria da Igreja na festa do Natal é a celebração das três missas: uma à meia-noite, outra na aurora, outra em pleno dia. Todas elas revivendo maravilhosos textos bíblicos e orações nascidas da mais pura fé e inspiração piedosa dos séculos passados. A missa da noite pode ser considerada como a comemoração do misterioso nascimento do Verbo, no coração da eternidade.A missa da aurora poderia concretizar o aparecimento de Jesus na aurora da nossa era cristã. A missa do dia é esse permanente nascimento de Cristo na História, que vai renovando o mundo para que ele seja todo cristão. Que não o seja só de nome, mas de fato. Não apenas decorativamente cristão, mas vitalmente cristão.Leituras das Missas de Natal- Ano A: a) Missa da noite:

1a)ls9,2-4,6-7 – 2a)Tt2,11-14 – 3a)Lc2,1-14 b) Missa da aurora:

1a)ls62,11-12 – 2a)Tt3,4-7 – 3a)Lc2,15-20 c) Missa do dia:

1a)Is52,7-10 – 2a)H b1,1-6 – 3a)Jo1,1-18ou Jo 1,1-5,9-14

NATAL: ELE SE FEZ POBRE POR NÓS – (2Cor 8,9).

EVANGELHO E HOMILIA DO DIA

O AMANHECER DO EVANGELHO

REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

                                                                 NATAL: ELE SE FEZ POBRE POR NÓSQuando penso no natal, vêm-me, sempre à lembrança, aquelas palavras de São Paulo aos Coríntios: “Ele, que era rico, por vós se fez pobre para vos tornar ricos” (2Cor 8,9).Deus é o Senhor de tudo. Nada lhe falta. Mais ainda: Dele é que vem para nós todas as riquezas. O ouro das minas, a madeira das florestas, o leite e a lã dos animais, os minérios e as fibras e toda matéria prima para o progresso da humanidade. Mas não são estas coisas materiais em si que fazem o homem feliz. Se isso tivesse valor definitivo para Ele e para os seus como comenta Tertuliano, Jesus o Filho de Deus, teria vindo ao mundo revestido de púrpura, apareceria cingido de um diadema de ouro e teria a pompa de uma luzida guarda de honra a precedê-lo, como acontecia com os príncipes do seu tempo.Mas nada disso. Nasceu na pobreza. Teve que ser envolvido em humildes faixas… Ele, que reveste os lírios do campo. Precisou de leite materno… Ele, que não deixa faltar comida aos pássaros do céu.Precisou de uma humilde lâmpada de azeite para iluminar a gruta em que nasceu… Ele que é o Senhor do sol, da lua e das estrelas.Ele se fez pobre por nós”. Com isso veio valorizar a pobreza. E veio proclamar “bem-aventurados os pobres de espírito”. E mostrar onde está a verdadeira riqueza.Na pobreza, há um valor. O valor da simplicidade, da disponibilidade, da paz, da confiança em Deus. Cristo abraçou a pobreza. Ele viveu numa pobreza cheia de dignidade. Feita da honestidade do trabalho dentro de uma casa humilde. Feita da simplicidade da gente do povo e da disponibilidade dos corações solidários. Feita de entrega total nas mãos do Pai Celeste, “que veste os lírios do campo… e não deixa faltar o alimento aos passarinhos”.Há muitos pobres assim no nosso meio. Eles são os companheiros de Cristo, que por nós se fez pobre. Eles têm muito para nos ensinar. Tem o coração leve e se sentem muito perto de Deus. Esse espírito de pobreza tem que estar também no coração daqueles que tem riquezas materiais, mas querem seguir a Cristo. Eles são convocados a não porem sua confiança no dinheiro. A se servirem dele, mas nunca serem servos dele. A cultivarem o espírito de sobriedade que deixa o coração livre para caminhar na direção de Deus. A saberem partilhar o que têm com aqueles que não têm. Não é admissível que numa sociedade formada de cristãos não prevaleçam as grandes linhas da visão cristã da sociedade! E o mundo continue a ser duro e desumano! Sobrando dinheiro para amontoar armamentos, enquanto falta dinheiro para oferecer a preço acessível casa e comida para os humildes da terra!

Leituras das Missas de Natal- Ano A:

a) Missa da noite: 1a)ls9,2-4,6-7 – 2a)Tt2,11-14 – 3a)Lc2,1-14

b) Missa da aurora: 1a)ls62,11-12 – 2a)Tt3,4-7 – 3a)Lc2,15-20

c) Missa do dia: 1a)Is52,7-10 – 2a)H b1,1-6 – 3a)Jo1,1-18ou Jo 1,1-5,9-14

 

EVANGELHO E HOMILIA DO DIA

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REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

NO PRINCÍPIO ERA A CRIANÇA

No princípio era a criança porque no princípio era Deus. E a criança era Deus. Ela sempre estava dentro de Deus. Desde o princípio, na mente de Deus, era o homem verdadeiro. E o homem verdadeiro também era criança. Tudo foi feito por meio da criança.

E Deus pensou que teria sido muito bom, se o mundo fosse habitado por todas as crianças. Porque Deus é criança e só gosta de morar com crianças.Então apareceu uma luz, mas as trevas fizeram uma barreira para não deixá-la brilhar. E foi assim que as coisa começaram a complicar. Um dia a criança desceu no meio dos seus, mas eles não a reconheceram, porque já não eram  crianças. Quiseram se tornar gente grande, emancipada, independente e auto-suficiente. E assim acabaram não entendendo mais nada. De fato não reconheceram a criança que era o próprio Deus.Os homens deixaram de ser criança quando renunciaram a ser filhos de Deus, quando cessaram de tratar Deus como Pai. Recusaram a paternidade de Deus porque não se consideravam mais criança, mas também não perceberam estavam virando escravos.Os homens traíram a criança que dentro deles estavam e não quiseram receber em seus corações “o espírito da criança que grita: ABBA, PAI”! (GL 4,6). Mas nesta noite santa, a criança volta outra vez no meio dos homens. Vem para lhes dizer que existe um único jeito para voltarem a ser filhos de Deus: Renascer de novo e tornar-se criança. Deus não espera outra coisa do homem de hoje, senão ser chamado de pai, mas com a ternura total da criança. E o presépio, representação ingênua do nascimento de Deus, é o lugar onde o homem volta a ser criança.UMA CRIANÇA

Quando Jesus nasceu, ninguém do povo soube ver nele o Salvador prometido, anunciado por Isaías . De fato, o que a gente pode esperar de uma criança que só sabe chorar? Uma criança não sabe defender ninguém. Ela precisa ser defendida. Uma criança não tem força para salvar. Ela precisa que alguém a salve de todos os perigos. Deus age bem diferente dos homens. Ele escolhe aquilo que os grandes recusam. Acham que não tem valor, não tem nenhuma importância. Se pensarmos um pouco, vamos reconhecer a grandeza de Deus. Ele nos enviou seu Filho, para que a gente tivesse vida. Para que todos os sofrimentos acabassem. Para que tudo fosse diferente. O Natal dá para nós um sentido novo. O nosso coração se abre para ser melhor.Uma criança tem muita influência na vida dos adultos. A gente fica comovido. Deus enviou a criança Cristo, para que a gente aprendesse a reconhecer que  Ele está presente em cada pessoa.Leituras das Missas de Natal- Ano A: a) Missa da noite:

1a)ls9,2-4,6-7 – 2a)Tt2,11-14 – 3a)Lc2,1-14 b) Missa da aurora:

1a)ls62,11-12 – 2a)Tt3,4-7 – 3a)Lc2,15-20 c) Missa do dia:

1a)Is52,7-10 – 2a)H b1,1-6 – 3a)Jo1,1-18ou Jo 1,1-5,9-14

Leituras das Missas de Natal- Ano A:

a) Missa da noite: 1a)ls9,2-4,6-7 – 2a)Tt2,11-14 – 3a)Lc2,1-14

b) Missa da aurora: 1a)ls62,11-12 – 2a)Tt3,4-7 – 3a)Lc2,15-20

c) Missa do dia: 1a)Is52,7-10 – 2a)H b1,1-6 – 3a)Jo1,1-18 ou Jo 1,1-5,9-14

NATAL  É  FESTA  DE MUITA ALEGRIA

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REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM      

    NATAL  É  FESTA  DE MUITA ALEGRIA

Natal é festa de muita alegria. De uma alegria íntima e calma.  Por que? Porque nasceu Jesus e com ele toda esperança. Porque a partir desse dia tudo é possível. Nada mais pode ser declarado perdido, irreparável, morto.A partir do presépio tudo pode começar de novo. Os rostos tristes podem se abrir para o sorriso. Os corações desesperados podem retomar coragem. Só sentem o natal, os que estão esperando alguma coisa, alguma coisa de esplêndido e alegre: Uma salvação. Os que estão satisfeitos com a vida que levam contentes com as suas coisinhas, felizes com seus negócios, esses não sentem nada com o natal. Será um dia a mais de comilanças e bebedeiras com a insuportável ressaca e tudo se acabou. Felizes, porém, os que esperam. Os pobres esperam e sabem esperar. Por isso só os pobres podem entender a Boa Nova dos anjos na noite de Natal: “EIS QUE VOS ANUNCIO UMA GRANDE ALEGRIA: HOJE VOS NASCEU O SALVADOR: O MESSIAS SENHOR.”De fato, são todos pobres os personagens que encontramos ao redor da manjedoura. A começar por Maria e José, depois os pastorzinhos e, enfim, o boi, o asno, bichinhos modestos e serviçais! Mas vêm também os magos. Eles vêm de longe, bem de longe do oriente. Eles também estavam esperando alguma coisa de importante. Não era à toa que passavam noites inteiras olhando o céu. Era para ver se encontravam aí, um sinal de esperança. Foi assim que puderam ver a “estrela de Belém”. E se puseram a caminho.Como os pobres, eles estavam também à espera. Não estavam satisfeitos com o que tinham. Faltava em suas vidas alguma coisa de grande e decisivo. Felizes os que esperam, porque eles verão o que esperam. É para essa gente que Jesus vem: para os pobres e distantes, é para os oprimidos e pecadores, é para os amargurados e perdidos.O Natal nunca foi e nunca será nada: para os satisfeitos, para os auto-suficientes, os burgueses de barriga cheia, a gente “honesta”, “os que estão na sua”, “os cada um para si”, “os importantes”, “os desprezadores dos humildes”, “os sem problemas”, “os tudo oK”, “os que não vêem grandes causas pelas quais lutar, vencer ou morrer”.Que querem vocês que o cristo da manjedoura traga para essa gente? Que podem significar para eles, palavras como: esperança, futuro, consolo. Eles não precisam de nada disso. Eles já têm tudo. São homens realizados e felizes. Estão cheios de coisas, de si, e francamente, cheios desse Deus incômodo que vem perturbar suas vindimas bem tranqüilas. Temos aí César Augusto, sentado em seu trono lá em Roma, cercado de toda gentalha do palácio.  Que interessa a ele e à sua corte, esta pobre criança que acaba de nascer e de nascer daquele jeito? Para ele, é uma cabeça a mais de seu imenso império. Uma cabeça que deve ser recenseada como está sendo, contada como cabeça de gado.  Nada mais. E que lucro pode tirar os proprietários dos hotéis de Belém, com um casal de trabalhadores que vem pedir pousada e ainda mais com a mulher daquele estado?E Herodes, com o pessoal todo da capital? Esses se interessam pelo caso, mas para eliminar esse fraco e pequeno que ameaça a sua posição, seu sono, suas festas, sua boa vida. Aí está, de um lado, os que esperam a salvação: os pobres, os distantes, os pastores; de outro, os homens de vida feita, bem instalados e bem sucedidos: César Augusto e Herodes, o grande, a gente da capital e os homens de Belém. E nós, de que lado estamos nós? Vamos decidir desde já! Para que no derradeiro Natal do mundo na segunda vinda de Jesus, possamos nos achar do lado bom, do lado dos “abençoados do Pai, do lado daqueles para quem o Reino foi preparado: os pobres e os lutadores. Lázaro, e Zaqueu, o bom ladrão e o bom Samaritano; os pastores de Belém e os Magos do Oriente”. Natal é para se refletir sobre tudo isso. É para refletir sobre o amor porque Cristo nasceu por amor e sua mensagem eterna é lançada no tempo:“Amai-vos uns aos outros”. E sua mensagem eterna gostaríamos que fosse um apelo para além do tempo; Que durasse o ano todo, a vida toda. Que não faltasse nunca o amor. Porque Natal é, antes de tudo, amor. O ano que acaba e o ano que começa são símbolos de uma renovação que só tem sentido no amor,  porque Cristo nasceu por amor e sua mensagem eterna é lançada no tempo.  “Amai-vos uns aos outros”.Esse Cristo que veio ensinar, vivendo-o em nosso meio: manifestou-se a bondade de Deus nosso Salvador e seu amor para com os homens ( Tt 3,4). Este exemplo de amor nos ensina a viver “a piedade, a sobriedade e a justiça (Tt 2,12).  São estes os elementos indispensáveis para a construção de nossa paz interior e da paz do mundo inteiro. E surgirá como uma grande flor de esperança e de alegria aquilo que todos desejamos em nossa troca de mensagem desse dia: Um Feliz Natal!

Leituras das Missas de Natal- Ano A:

a) Missa da noite: 1a)ls9,2-4,6-7 – 2a)Tt2,11-14 – 3a)Lc2,1-14

b) Missa da aurora: 1a)ls62,11-12 – 2a)Tt3,4-7 – 3a)Lc2,15-20

c) Missa do dia: 1a)Is52,7-10 – 2a)H b1,1-6 – 3a)Jo1,1-18ou Jo 1,1-5,9-14