A Bíblia explicada em capítulos e versículos

O Amanhecer do Evangelho

Reflexões e ilustrações de Padre Lucas de Paula Almeida

Jo 8,1-11-Quem dentre vós nao tiver pecado, atire a primeira pedra-Vai e não peques mais Padre Lucas

A Bíblia explicada em capítulos e versículos

O Amanhecer do Evangelho

Reflexões e ilustrações de Padre Lucas de Paula Almeida

Jo 8,1-11-Quem dentre vós nao tiver pecado, atire a primeira pedra-Vai e não peques mais Padre Lucas

Jo 8,1-11-Quem dentre vós nao tiver pecado, atire a primeira pedra-Vai e não peques mais Padre Lucas


A Liturgia, sempre sábia e elegante na sua linguagem, exprime numa das coletas do Tempo Comum esta consoladora verdade: Deus manifesta seu poder principalmente no perdão e na misericórdia (cfr XXVI domingo do T.C.). É o que aparece de maneira muito clara na bela perícope de São João que estamos lendo neste quinto domingo da Quaresma. É o episódio da mulher adúltera. É uma espécie de encontro da justiça dos homens, frágil e incoerente, com a misericórdia de Jesus, límpida e cheia de majestoso poder.

Seria interessante notar, como o sabem todos os que conhecem a fundo o texto do Evangelho, que esta passagem falta nos mais importantes manuscritos antigos de São João, ou está deslocada para outros pontos do texto, e mesmo para o texto do evangelho de São Lucas. Mas não há nenhuma dúvida sobre a sua autenticidade. É um fragmento genuíno da tradição apostólica, que no momento oportuno encontrou seu lugar definitivo em São João, embora pelo assunto e pelo estilo seja mais provavelmente de São Lucas.

Eram os dias da festa dos Tabernáculos. Jesus estava ensinando a um grupo de ouvintes, num dos átrios do Templo. Estava sentado. Não numa cátedra solene como a dos doutores, mas num banquinho modesto, ou talvez mesmo numa esteira ou num pequeno tapete, como faziam as pessoas do povo para ouvir os mestres. Foi quando os escribas e os fariseus trouxeram à sua presença uma mulher que ia ser executada por apedrejamento, por ter sido apreendida em adultério. Assim mandava a lei de Moisés. E eles queriam saber o que Jesus pensava disso. Nem era preciso dizer que, tratando-se de escribas e fariseus, o que eles estavam querendo era armar uma cilada para Jesus. Se ele respondesse que não concordava com a aplicação de tão bárbara sentença de morte, diriam que Ele era rebelde à lei de Moisés. Se dissesse que concordava, fariam ruir diante do povo sua fama de misericórdia.

Jesus não respondeu. Inclinou-se para um lado e começou a escrever no chão. Houve sempre curiosidade de saber o que é que Jesus escreveu. Espalhou – se uma hipótese – sugerida por São Jerônimo – que Jesus ia escrevendo o nome de cada um daqueles acusadores e seus respectivos pecados. Essa explicação foi até acolhida por algum manuscrito antigo. Mas o mais simples era que Jesus estava apenas rabiscando despreocupado no chão, para mostrar seu desapreço pelo que lhe diziam aqueles homens. Como acontece muitas vezes, no decorrer de uma conferência enfadonha, que alguns ouvintes se põem a garantujar numa folha de papel, em sinal de tédio. Sabem-no muito bem os que freqüentam os parlamentos.

Mas os homens insistiram na pergunta. Foi quando Jesus, aprumando-se, disse pausadamente: “Aquele dentre vós que não tiver nenhum pecado, atire a primeira pedra”. E se inclinou de novo e continuou a rabiscar no chão. Aqueles homens, um a um, se foram retirando, a começar pelos mais velhos. Jesus ficou sozinho. Na sua frente, a mulher. Ao redor, seus humildes ouvintes. Então Jesus perguntou à mulher: “Onde estão eles, aqueles que te acusavam? Ninguém te condenou?” Ela respondeu: “Ninguém, Senhor”. Vem então a palavra final de Jesus, solene e poderosa: “Eu também não te condeno. Vai! E, de agora em diante, não peques mais” (cfr Jo 8, 1-11).

É de uma beleza cintilante essa palavra final de Jesus. É a misericórdia e o perdão, não indo contra a justiça, mas envolvendo- a e superando-a. É inacreditável a força dessa palavra: “Não peques mais!” Certamente essa mulher nunca havia sentido tão vivo o peso de seu pecado. Mas também nunca tinha sentido a coragem de levantar-se do abismo de sua culpa. A palavra de Jesus não era apenas uma ordem ou um conselho. Era uma força do céu que caía sobre ela para dar-Ihe a coragem da conversão. E a certeza de ser salva. Quem sabe ela não terá entrado para o grupo dos discípulos? Quem pode duvidar que ela não se tenha tornado uma santa? Na Igreja grega este evangelho é lido na festa de santas convertidas, como Santa Maria do Egito e Santa Pelágia.

LEITURAS do v Domingo da Quaresma -Ano C:

1a) Is 43, 16-21

2a) FI 3, 8-14

3a) Jo 8, 1-11

4) Para um confronto pessoal
1) Procure colocar-se na pele da mulher: quais eram os sentimentos dela naquele momento?

2) Que passos nossa comunidade pode e deve dar para acolher os excluídos?5) Oração final

O SENHOR é o meu pastor, nada me falta. Ele me faz descansar em verdes prados, a águas tranqüilas me conduz. Restaura minhas forças, guia-me pelo caminho certo, por amor do seu nome. (Sl 22, 1-3)

A Bíblia explicada em capítulos e versículos

O Amanhecer do Evangelho

Reflexões e ilustrações de Padre Lucas de Paula Almeida

                                                                                             Domingo da 5ª Semana da Quaresma1) Oração

Ó Deus, que pela vossa graça inefável, nos enriqueceis de todos os bens, concedei-nos passar da antiga à nova vida, preparando-nos assim para o reino da glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.1º Leitura: Daniel 13,1-9 – 13,15-17 – 13,19-30 13,33-62

Leitura do primeiro livro de Daniel – Naqueles dias, 1Havia um homem chamado Joaquim, que habitava em Babilônia.2Tinha desposado uma mulher chamada Suzana, filha de Helcias, de grande beleza, e piedosa,3porque havia sido educada segundo a lei de Moisés por pais honestos.4Joaquim era sumamente rico. Junto à sua casa havia um pomar. Os judeus reuniam-se frequentemente em casa dele, porque gozava de uma particular consideração entre seus compatriotas.5Haviam sido nomeados juízes, naquele ano, dois anciãos do povo, aos quais se aplicava bem a palavra do Senhor: A iniquidade surgiu, em Babilônia, de anciãos juízes que passavam por dirigentes do povo.6Esses dois personagens frequentavam a casa de Joaquim, aonde vinham consultá-los todos aqueles que tinham litígio.7Lá pelo meio-dia, quando toda essa gente tinha ido embora, Suzana vinha passear no jardim de seu marido.8Os dois anciãos viam-na portanto todos os dias durante seu passeio, tanto que se apaixonaram por ela e,9perdendo a justa noção das coisas, desviaram os olhos para não ver mais o céu e não ter mais presente no espírito a verdadeira regra de comportamento.15Enquanto calculavam qual seria o momento propício, eis que Suzana chegou como de costume, com duas empregadas, e tomou a resolução de banhar-se, pois fazia calor.16Lá não havia ninguém, salvo os dois anciãos escondidos, que a espreitavam.17Trazei-me, disse ela às duas empregadas, óleo e unguentos, e fechai as portas do jardim, para eu me banhar.19Apenas saíram, os dois homens precipitaram-se em direção de Suzana.20As portas do jardim estão fechadas, disseram-lhe, ninguém nos vê. Ardemos de amor por ti. Aceita, e entrega-te a nós.21Se recusares, iremos denunciar-te: diremos que havia um jovem contigo, e que foi por isso que fizeste sair tuas servas.22Suzana exclamou tristemente: Que angústias me envolvem por todos os lados! Consentir? Eu seria condenada à morte! Recusar? Nem assim eu escaparia de vossas mãos!23Não! Prefiro cair, sem culpa alguma, em vossas mãos, do que pecar contra o Senhor.24Suzana soltou grandes gritos, e os dois anciãos gritavam também contra ela.25E um deles, correndo às portas do jardim, abriu-as.26Com essa balbúrdia, os criados precipitaram-se pela porta do fundo para ver o que havia acontecido.27Os anciãos se puseram a falar, e os criados enrubesceram, pois jamais nada de semelhante fora dito de Suzana.28No dia seguinte, os dois anciãos, cheios de criminosas intenções contra a vida de Suzana, vieram à reunião que se realizava em casa de Joaquim, marido dela.29Disseram, diante da assembléia: Mandem buscar Suzana, filha de Helcias, a mulher de Joaquim!Foram-na buscar,30e ela chegou com seus pais, seus filhos e os membros de sua família.33Os seus choravam, assim como seus amigos.34Os dois anciãos levantaram-se à vista de todos, e pousaram a mão sobre sua cabeça,35enquanto ela, debulhada em lágrimas, mas com o coração cheio de confiança no Senhor, olhava para o céu.36Os anciãos disseram então: Quando passeávamos pelo jardim, ela entrou com duas servas; depois fechou a porta e mandou embora suas acompanhantes.37Então, um jovem que se achava escondido ali, aproximou-se e pecou com ela.38Nós nos encontrávamos num recanto do jardim. Diante de tal desvergonhamento, corremos para eles e os surpreendemos em flagrante delito.39Não pudemos agarrar o homem, porque era mais forte do que nós, e fugiu pela porta aberta.40Ela, nós a apanhamos; mas quando a interrogamos para saber quem era o jovem, recusou-se a responder. Somos testemunhas do fato.41Confiando nesses homens, que eram anciãos e juízes do povo, condenaram Suzana à morte.42Então ela exclamou bem alto: Deus eterno, vós que penetrais os segredos, que conheceis os acontecimentos antes que aconteçam,43sabeis que isso é um falso testemunho que levantaram contra mim. Vou morrer, sem nada ter feito do que maldosamente inventaram de mim.44Deus ouviu sua oração.45Como a levassem para a morte, o Senhor suscitou o espírito íntegro de um adolescente chamado Daniel,46que proclamou com vigor: Sou inocente da morte dessa mulher!47Todo mundo virou-se para ele: O que significa isso?, perguntaram-lhe.48Então, no meio de um círculo que se formava, disse: Israelitas, estais loucos! Eis que condenais uma israelita sem interrogatório, sem conhecer a verdade!49Recomeçai o julgamento, porque é um falso testemunho a declaração desses dois homens contra ela.50O povo apressou-se em voltar. Os anciãos disseram a Daniel: Vem sentar conosco e esclarece-nos, pois Deus te deu o privilégio da velhice!51Separai-os um do outro, exclamou Daniel, e eu os julgarei. Foram separados.52Então Daniel chamou o primeiro e disse-lhe: Velho perverso! Eis que agora aparecem os pecados que cometeste outrora em julgamentos injustos,53condenando os inocentes e absolvendo os culpados; no entanto, é Deus quem diz: não farás morrer o inocente e o íntegro.54Vamos! Se realmente a viste, dize-nos debaixo de qual árvore os viste juntos. Debaixo de um lentisc, respondeu.55Ótimo!, continuou Daniel, eis a mentira, que pagarás com tua cabeça. Eis aqui o anjo do Senhor que, segundo a sentença divina, vai dividir teu corpo pelo meio.56Afastaram o homem. Daniel mandou vir o outro e disse-lhe: Filho de Canaã! Tu não és judeu: foi a beleza que te seduziu, e a concupiscência que te perverteu.57Foi assim que sempre fizeste com as filhas de Israel, as quais, por medo, entravam em relação convosco. Mas eis uma filha de Judá que não consentiu no vosso crime.58Vamos, dize-me sob qual árvore os surpreendeste em intimidade.Sob um carvalho.59Ótimo!, respondeu Daniel, tu também proferiste uma mentira que vai te custar a vida. Eis aqui o anjo do Senhor, que empunha a espada, prestes a serrar-te pelo meio para te fazer perecer.60Logo a assembléia se pôs a clamar ruidosamente e a bendizer a Deus por salvar aqueles que nele põem sua esperança.61Toda a multidão revoltou-se então contra os dois anciãos os quais, por suas próprias declarações, Daniel provou terem dado falso testemunho.62De acordo com a lei de Moisés, aplicaram o tratamento que tinham querido infligir ao seu próximo: foram mortos. Assim, naquele dia, foi poupada uma vida inocente.
– Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: Salmos 22, 1 – 6 Refrão: MESMO QUE EU PASSE PELO VALE TENEBROSO, / NENHUM MAL EU TEMEREI, ESTAIS COMIGO.

  1. Salmo de Davi. O Senhor é meu pastor, nada me faltará.
  2. 2. Em verdes prados ele me faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes,
    3. restaura as forças de minha alma. Pelos caminhos retos ele me leva, por amor do seu nome.
    4. Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo. Vosso bordão e vossoBáculosão o meu amparo.
    5. Preparais para mim a mesa à vista de meus inimigos. Derramais o perfume sobre minha cabeça, e transborda minha taça.
    6. A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me por todos os dias de minha vida. E habitarei na casa do Senhor por longos dias.

2) Leitura do Evangelho (João 8, 1-11)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João – Naquele tempo, 1Dirigiu-se Jesus para o monte das Oliveiras. 2Ao romper da manhã, voltou ao templo e todo o povo veio a ele. Assentou-se e começou a ensinar. 3Os escribas e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher que fora apanhada em adultério. 4Puseram-na no meio da multidão e disseram a Jesus:Mestre, agora mesmo esta mulher foi apanhada em adultério. 5Moisés mandou-nos na lei que apedrejássemos tais mulheres. Que dizes tu a isso? 6Perguntavam-lhe isso, a fim de pô-lo à prova e poderem acusá-lo. Jesus, porém, se inclinou para a frente e escrevia com o dedo na terra. 7Como eles insistissem, ergueu-se e disse-lhes:Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra. 8Inclinando-se novamente, escrevia na terra. 9A essas palavras, sentindo-se acusados pela sua própria consciência, eles se foram retirando um por um, até o último, a começar pelos mais idosos, de sorte que Jesus ficou sozinho, com a mulher diante dele. 10Então ele se ergueu e vendo ali apenas a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou? 11Respondeu ela: Ninguém, Senhor. Disse-lhe então Jesus: Nem eu te condeno. Vai e não tornes a pecar. – Palavra da salvação.3)Reflexão
* No Evangelho de hoje, vamos meditar sobre o encontro de Jesus com a mulher que ia ser apedrejada. Pela sua pregação e pelo seu jeito de agir, Jesus incomodava as autoridades religiosas. Por isso, elas procuravam todos os meios possíveis para acusá-lo e eliminá-lo. Assim, levam até ele uma mulher, pega em flagrante de adultério. Sob a aparência de fidelidade à lei, usam a mulher para ter argumentos contra Jesus. Também hoje, sob a aparência de fidelidade às leis da igreja, muitas pessoas são marginalizadas: divorciados, aidéticos, prostitutas, mães solteiras, homossexuais, etc. Vejamos como Jesus reage:* João 8,1-2: Jesus e o povo. Depois da discussão sobre a origem do Messias, descrita no fim do capítulo 7 (Jo 7,37-52), “cada um tinha voltado para casa” (Jo 7,53). Jesus não tinha casa em Jerusalém. Por isso, foi para o Monte das Oliveiras. Lá havia um Horto, onde ele costumava passar a noite em oração (Jo 18,1). No dia seguinte, antes do nascer do sol, Jesus já estava novamente no templo. O povo também veio bem cedo para poder escutá-lo. Eles sentavam no chão ao redor de Jesus e ele os ensinava. O que será que Jesus ensinava? Deve ter sido muito bonito, pois o povo vinha antes do nascer do sol para poder escutá-lo!* João 8,3-6a: Os escribas armam uma cilada. De repente, chegam os escribas e os fariseus, trazendo consigo uma mulher pega em flagrante de adultério. Eles a colocam no meio da roda. Conforme a lei, esta mulher deveria ser apedrejada (Lv 20,10; Dt 22,22.24). Eles perguntam: “E qual é a sua opinião?” Era uma cilada. Se Jesus dissesse: “Apliquem a lei”, eles diriam: “Ele não é tão bom como parece, porque mandou matar a pobre da mulher!” Se dissesse: “Não matem”, diriam: “Ele não é tão bom como parece, porque nem sequer observa a lei!” Sob a aparência de fidelidade a Deus, eles manipulam a lei e usam a pessoa da mulher para poder acusar Jesus.* João 8,6b-8: Reação de Jesus: escreve no chão. Parecia um beco sem saída. Mas Jesus não se apavora nem fica nervoso. Pelo contrário. Calmamente, como quem é dono da situação, ele se inclina e começa a escrever no chão com o dedo. Quem fica nervoso, são os adversários. Eles insistem para que Jesus dê a sua opinião. Então, Jesus se levanta e diz: “Quem for sem pecado seja o primeiro a jogar pedra!” E inclinando-se tornou a escrever no chão. Jesus não discute a lei. Apenas muda o alvo do julgamento. Em vez de permitir que eles coloquem a luz da lei em cima da mulher para poder condená-la, pede que eles se examinem a si mesmos à luz do que a lei exige deles. A ação simbólica da escritura no chão esclarece tudo. A palavra da Lei de Deus tem consistência. Uma palavra escrita no chão não tem consistência. A chuva e o vento a apagam logo. O perdão de Deus apaga o pecado identificada e denunciado pela lei.

* João 8,9-11: Jesus e a mulher. O gesto e a resposta de Jesus derrubaram os adversários. Os fariseus e os escribas se retiram envergonhados, um depois do outro, a começar pelos mais velhos. Aconteceu o contrário do que eles esperavam. A pessoa condenada pela lei não era a mulher, mas eles mesmos que pensavam ser fiéis à lei. No fim, Jesus ficou sozinho com a mulher no meio da roda. Jesus se levanta e olha para ela: “Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou!” Ela responde: “Ninguém, Senhor!” E Jesus: “Nem eu te condeno! Vai, e de agora em diante não peques mais!”* Jesus não permite que alguém use a lei de Deus para condenar o irmão ou a irmã, quando ele mesmo ou ela mesma é pecador ou pecadora. Este episódio, melhor do que qualquer outro ensinamento, revela que Jesus é a luz que faz aparecer a verdade. Ele faz aparecer o que existe de escondido dentro das pessoas, no mais íntimo de cada um de nós. À luz da sua palavra, os que pareciam os defensores da lei, se revelam cheios de pecado e eles mesmos o reconhecem, pois vão embora, a começar pelos mais velhos. E a mulher, considerada culpada e merecedora da pena de morte, está de pé diante de Jesus, absolvida, redimida e dignificada (cf. Jo 3,19-21).4) Para um confronto pessoal
1) Procure colocar-se na pele da mulher: quais eram os sentimentos dela naquele momento?

2) Que passos nossa comunidade pode e deve dar para acolher os excluídos?5) Oração final

O SENHOR é o meu pastor, nada me falta. Ele me faz descansar em verdes prados, a águas tranqüilas me conduz. Restaura minhas forças, guia-me pelo caminho certo, por amor do seu nome. (Sl 22, 1-3)