Lc 1,39-56 – SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA- NA ESCOLA DA VIRGEM MARIA – Pe. LUCAS –

 

SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA AOS CÉUS – VÍDEO MARAVILHOSO DO PADRE LUCAS
https://www.youtube.com/watch?v=aELv-UHpHaA&feature=youtu.be

O AMANHECER DO EVANGELHO

REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM                    15 DE AGOSTO: ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA – 15 – DOMINGO
CLIC EM CIMA DA IMAGEM E CONFIRA UMA DAS HOMILIAS MAIS BONITAS DE COMO FOI A HISTÓRIA DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA AOS CÉUS –

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Leituras para a Solenidade da Assunção – Ano B:
1a) Ap 11,19a; 12,1-6a, 10ab
2a) 1Cor 15,20-27
3a) Lc 1,39-56

UM GRANDIOSO SINAL NO CÉU

 “Um grandioso sinal apareceu no céu: uma Mulher vestida de sol, tendo a lua como pedestal de seus pés, e na cabeça uma coroa de doze estrelas”(Ap12,1). Com essas palavras abre São João o capítulo doze do Apocalipse, que é o ponto central do livro e que se apresenta como um solene prefácio da sua última seção.Essa Mulher majestosa é figura da própria Igreja, que sofreu as mais terríveis investidas do Dragão, isto é, do demônio, que em todos os tempos procurou perseguir os discípulos de Jesus. Porém, guiados pela Tradição e pela Liturgia, podemos e devemos ver nessa Mulher também uma figura da Virgem Maria, a triunfadora do pecado e do demônio pela sua Imaculada Conceição. E não é improvável que o próprio João tivesse esse pensamento.A representação de Maria na Mulher gloriosa do Apocalipse se apresenta sobretudo muito oportuna ao celebrarmos a festa da Assunção de Nossa Senhora, ponto mais alto de todos os seus dons e privilégios. A missa da liturgia desta festa tem justamente como antífona de entrada essas palavras do Apocalipse. Os elementos com que o autor sagrado procura proclamar sua grandeza, todos eles de suave inspiração poética, são buscados nos dons da graça que revestiram a Santa Virgem – vestida de sol- e na nobreza de sua santidade – coroada de doze estrelas e tendo a lua sob seus pés.Ela é a grande triunfadora sobre o pecado pela sua Conceição Imaculada, e seu triunfo se coroa e se eterniza na vitória sobre a morte, pela sua Assunção ao céu. Dela se pode dizer como foi dito a respeito de Jesus Ressuscitado: “Onde está, ó morte” a tua vitória?” Porque nela, como em Jesus, “a morte foi submergida na vitória”(1 Cor 15,54 e 55).Deus que a enriqueceu com todos os dons e privilégios, em vista da maternidade divina para a qual a escolheu, preservou- a também da corrupção a que são destinados nossos. corpos mortais. Seu corpo foi glorificado como o corpo glorioso de Jesus. Aquilo que se disse dele nos salmos, segundo o Interpretou São Pedro no seu primeiro discurso depois de Pentecostes, vale também para a Virgem, Mãe do Senhor: “Não permitirás que o teu Santo experimente a corrupção” (SI15, 10: At 2,27). No monumental capítulo oitavo da “Lumen Gentium”, em que o Concílio Vaticano II escreveu o mais autorizado tratado sobre a Mãe de Jesus, estão estas palavras límpidas e solenes: “A Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste” (LG 59/147). Essas palavras são um eco do que definiu o Papa Pio XII, na Constituição Apostólica “Munificentissimus Deus”, de 1 o de novembro de 1950. A Assunção é como que o divino corolário de tudo o que Deus concedeu a Maria. Se essa verdade não está escrita explicitamente na Sagrada Escritura, ela está incluída no conjunto de tudo o que Deus concedeu a sua Mãe Santíssima. E a Tradição da Igreja o proclama desde os tempos mais antigos. Pelo menos há quinze séculos a Igreja do Oriente e do Ocidente proclama essa verdade. E celebra a festa da Assunção.Foi justamente numa época em que o mundo se via assolado por uma crise de desilusão e desesperança, que o Papa Pio XII proclamou o dogma da Assunção. Nesta verdade de nossa fé, brilha com particular esplendor um aceno de esperança.Maria, a quem São Bernardo chamou de “razão total de nossa esperança”, mais uma vez sustenta a esperança da humanidade pelo mistério de sua entrada gloriosa – na totalidade de seu ser- na plena alegria da eternidade. É antiga, mas sempre oportuna a comparação da humanidade com uma frota que navega pelos mares da História, enfrentando a tempestade de todas as incertezas. Maria é a nau que já atravessou a barra e entrou no porto do céu. E de lá nos acena com um gesto de luminosa esperança. Com a graça de Deus e a proteção da Virgem lá chegaremos um dia: “Com minha Mãe estarei – na santa glória um dia”.A celebração de sua festa, que alegra toda a Igreja, pondo- nos em contato com a grandeza de sua vida, há de ser para nós um estímulo para cultivarmos, na sua escola, a santidade.

Leituras para a Solenidade da Assunção – Ano B:
1a) Ap 11,19a; 12,1-6a, 10ab
2a) 1Cor 15,20-27
3a) Lc 1,39-56 .

O AMANHECER DO EVANGELHO

REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

NA ESCOLA DA VIRGEM MARIA

HOMILIA PARA O DOMINGO DAS VOCAÇÕES

Pe. Lucas de Paula Almeida,

 Como estamos no mês de agosto, mês vocacional, gostaria exatamente de considerar em Maria algumas luzes que brotam de sua figura para aqueles que são chamados ao sacerdócio. E começaria pela disponibilidade de Maria diante de Deus: “Eis aqui a Serva do Senhor”, disse ela na Anunciação.
Nas mãos de Deus ela se colocou como um “sim” total. “Faça-se em mim segundo a tua palavra”, foi sua resposta ao chamado do Senhor.

Pois uma vocação sacerdotal é também um chamado de Deus. Do Deus que chamou Abraão de sua terra na Mesopotâmia, para fazê-lo patriarca de uma família incomensurável. Do Deus que chamou Moisés para fazê-lo guia de seu novo povo. Do Deus que chamou os profetas. E chamou esses apóstolos nas margens do lago.  E chama de maneira muito pessoal  e cheia de ternura: “Senhor, tu me olhastes os olhos – a sorrir pronunciastes meu nome”.
Ao chamado de Deus é preciso responder generosamente. Como fez Maria. Com total disponibilidade.


Para as alegrias, que serão as mais puras. Mais também para as tristezas, que não faltarão no caminho.   Lembraria depois o louvor e a gratidão pelo dom de Deus. “Magnificat – Minha alma engrandece o Senhor. Ele fez em mim grandes coisas. Todas as gerações me proclamarão bem-aventurada”.

         Pois, o sacerdote também pode e deve reconhecer toda a grandeza  da vocação que Deus lhe deu. E saber que essa grandeza celestial será louvada pelos fiéis. Tanto mais quanto mais o ministro do Senhor corresponder na sua vida às sementes de bondade que Deus nele plantou mais largamente.
Interessante ainda notar como o cântico da Virgem Maria põe em relevo a esperança dos pobres. Deus olha para eles e os socorre, enquanto dispersa os homens de coração orgulhoso e depõe do trono os poderosos.O que está muito na missão do padre: Ser aquele que olha pelos pobres e que não amarra seu coração à grandeza dos que têm na mão o poder e o dinheiro.  Talvez, o notável das vocações sacerdotais de hoje, esteja em grande parte no desprendimento que tal vocação significa. Sem nenhum atrativo de grandeza terrena. Sem a auréola do status que os outros caminhos representam e que o próprio sacerdócio propiciou noutros tempos.       Hoje sobressai o aspecto do despojamento, que abre o coração para os pequeninos. A Virgem Maria foi aquela que soube ouvir e guardar a Palavra de Deus. E que teve a bem-aventurança da fé: “Bem-aventurada és tu que acreditaste” (Lc 1,45).Pois o padre há de ser um homem de fé. Meditando na Palavra do Senhor e descobrindo cada dia como Deus caminha conosco. Para iluminar nosso caminho. Para nos dar segurança.
E inspirar nosso trabalho. Mesmo quando haja momento obscuro. Há uma certeza interior que não se abala, ainda quando em derredor o caminho não se apresenta tão claro.        O padre, na escola da Virgem Maria, deve ser capaz de irradiar essa certeza. E congregará o povo de Deus, ao redor da Palavra de Deus, mesmo que muitas palavras humanas estejam promovendo a dispersão, a desunião, a dúvida e a confusão.
No quadro das Bodas de Caná, apresentado por São João, há uma presença irradiante de Maria: “A Mãe de Jesus estava lá”. E nessa presença, evidentemente, não sem o influxo dela, vê-se despontar uma comunidade unida pela fé:  “Os discípulos creram nele” (Jo 2,1-11).

Max Thurian faz o seguinte esplêndido comentário: No fim do encontro Maria e os discípulos formam uma comunidade messiânica unida na fé no Filho de Deus que acabou de manifestar a sua glória. Ali está o núcleo da Igreja em torno do seu Senhor, ouvindo a sua Palavra e cumprindo a vontade do Pai.       Maria está presente nessa comunidade eclesial e pode-se imaginar o Cristo, enquanto contemplar esse grupo que está em torno dele, dizendo: “Eis aqui a minha mãe e meus irmãos. Porque todo aquele que fizer a vontade do Pai que está no céu, esse é para mim irmão, irmã e mãe”. (Apud A. M. Serra – “Maria em Caná e junto à cruz”)Aí está uma fonte de inspiração para a fecundidade do trabalho sacerdotal. A Virgem Maria há de ajudar cada sacerdote no seu trabalho de guiar o povo de Deus e congregá-lo como guiou e congregou os apóstolos no começo do cristianismo. Sob seu olhar, feito de inspiração e de bênção, jamais o povo será “um rebanho sem pastor”.(Mc.6,34).

 

 

Pe. Lucas – ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA – Lc l, 39-56

O AMANHECER DO EVANGELHO

REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

                                             ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA – ANO A

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https://www.youtube.com/watch?v=Q5HkmgUzAAk

NA PLENITUDE DA GLÓRIA

O Concílio Vaticano II, no seu documento central – a Constituição “Lumen Gentium”, sobre a Igreja – de certo modo colocou aos pés da Virgem Maria o mais rico ramalhete de flores. É o capítulo VIII dessa Constituição dogmática, o qual tem o sabor de uma solene encíclica. Começa com as palavras “Benignissimus et sapientissimus Deus”, e desdobra com altíssima sabedoria bíblica e teológica todas as grandezas que Deus colocou na Bem- aventurada Virgem, ao mesmo tempo a divino Poeta: “Umile e alta piú che creatura” (Par. XXXIII, 2).

Começa pela Maternidade Divina, fonte e razão de todos os dons de que Deus enriqueceu Maria. Proclama sua Imaculada Conceição, sua plenitude de graça, sua integridade virginal- que a maternidade não destruiu, mas consagrou -, sua presença na vida de Cristo, entrelaçando estrelas e lágrimas da santa Mãe e do divino Filho. Proclama seu poder de intercessão junto de Deus, e o culto que a Igreja lhe presta de um extremo ao outro da terra. Canta especialmente o triunfo final de sua vida, quando foi elevada para junto de Deus em corpo e alma. Aquilo que nós poderíamos chamar “a Páscoa de Maria”.

Nela se realizou o mesmo que aconteceu com Cristo: “á morte, onde está a tua vitória? – A morte foi absorvida na vitória” (1 Cor 15, 54 e 55). Como uma semente rude lançada à terra germina na esplêndida beleza de uma flor, o corpo mortal floresceu na incorruptibilidade do corpo glorioso. Brilhou com uma nova luz aquela passagem da Escritura que diz: “Levanta-te, Senhor, e entra no teu repouso, tu e a arca de tua santidade” (Sl 131 , 8). Maria, a verdadeira Arca da Aliança, acompanha a Cristo na sua entrada para a glória.
A Assunção de Maria ao céu, verdade que a Igreja professou desde os primeiros séculos, mas que foi proclamada como dogma pelo Papa Pio XII, em 1950, é na verdade o coroamento de todos os dons e grandezas de Maria. Está na lógica de todos os privilégios da Santa Virgem, a começar pela sua Conceição Imaculada – que a libertou do pecado e, por conseguinte, das conseqüências do pecado -, até toda a identificação com seu Filho, como diz magistralmente o texto do Concílio: “A Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi levada em corpo e alma à glória celeste.                                                                                     E, para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do Universo” (L.G.59/147).
E é assim que a Liturgia desta festa nos faz ler a maravilhosa página do Apocalipse, que a Tradição sapientemente aplica a Maria: “Um sinal grandioso apareceu no céu: uma mulher revestida de sol, tendo a lua como pedestal de seus pés, e ao redor da cabeça uma coroa de doze estrelas” (Ap 12, 1 ). É um quadro de glória e de beleza, que a ternura filial da Igreja assumiu para louvar a Santa Mãe dos cristãos. U m autor moderno de teologia mariana faz sobre a Assunção de Maria uma belíssima reflexão, sempre atual. É a seguinte: Nós, fiéis, que ainda viajamos pelas incertezas do tempo e da História, somos como tripulantes de uma frota agitada pelas vagas do imenso mar tempestuoso. Enquanto Maria é a nau que já chegou ao porto da eternidade. E nós a contemplamos com olhares de esperança suplicante. Ajudados pela sua maternal intercessão; lá iremos chegar também um dia (LAURENTIN, Breve Tratado de Teologia Mariana). O Papa Pio XII, ao proclamar a Assunção da Virgem Maria, fez implicitamente uma proclamação da dignidade do corpo humano. O homem chega à glória da eternidade, quando sabe valer-se dos órgãos do corpo terreno para fazer o bem. Olhos, mãos, ouvido, cérebro, coração, numa palavra, um corpo posto a serviço de Deus e dos irmãos, foi o que levou Maria à glorificação final. Todos nós podemos e devemos fazer o mesmo. Guardara dignidade do corpo na terra, para que Deus o glorifique no céu.

LEITURAS para a Solenidade da Assunção – Ano c:
1a)Ap, 11, 19a; 12, 1-6a 10ab
2a)1Cor 15, 20-17
3a) Lc l, 39-56

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA

(LECTIO DIVINA)

REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

NA ESCOLA DA VIRGEM MARIA

ANUNCIAÇÃO- https://www.youtube.com/watch?v=1gDOtYIQFX4

Como estamos no mês de agosto, mês de Maria da Glória, mês das Vocações gostaria exatamente de considerar em Maria algumas luzes que brotam de sua figura para aqueles que são chamados ao sacerdócio.

E começaria pela disponibilidade de Maria diante de Deus: “Eis aqui a Serva do Senhor”, disse ela na Anunciação. Nas mãos de Deus ela se colocou como um “sim” total.

“Faça-se em mim segundo a tua palavra”, foi sua resposta ao chamado do Senhor. Pois uma vocação sacerdotal é também um chamado de Deus.                                                                                                                Do Deus que chamou Abraão de sua terra na Mesopotâmia, para fazê-lo patriarca de uma família incomensurável. Do Deus que chamou Moisés para fazê-lo guia de seu novo povo. Do Deus que chamou os profetas. E chamou esses apóstolos nas margens do lago. E chama de maneira muito pessoal e cheia de ternura: “Senhor, tu me olhastes os olhos – a sorrir pronunciastes meu nome”.

Ao chamado de Deus é preciso responder generosamente. Como fez Maria. Com total disponibilidade. Para as alegrias, que serão as mais puras. Mais também para as tristezas, que não faltarão no caminho.

Lembraria depois o louvor e a gratidão pelo dom de Deus. “Magnificat – Minha alma engrandece o Senhor. Ele fez em mim grandes coisas. Todas as gerações me proclamarão bem-aventurada”. Pois, o sacerdote também pode e deve reconhecer toda a grandeza da vocação que Deus lhe deu. E saber que essa grandeza celestial será louvada pelos fiéis. Tanto mais quanto mais o ministro do Senhor corresponder na sua vida às sementes de bondade que Deus nele plantou mais largamente. Interessante ainda notar como o cântico da Virgem Maria põe em relevo a esperança dos pobres. Deus olha para eles e os socorre, enquanto dispersa os homens de coração orgulhoso e depõe do trono os poderosos.

O que está muito na missão do padre: Ser aquele que olha pelos pobres e que não amarra seu coração à grandeza dos que têm na mão o poder e o dinheiro. Talvez, o notável das vocações sacerdotais de hoje, esteja em grande parte no desprendimento que tal vocação significa. Sem nenhum atrativo de grandeza terrena. Sem a auréola do status que os outros caminhos representam e que o próprio sacerdócio propiciou noutros tempos.
Hoje sobressai o aspecto do despojamento, que abre o coração para os pequeninos. A Virgem Maria foi aquela que soube ouvir e guardar a Palavra de Deus. E que teve a bem-aventurança da fé: “Bem-aventurada és tu que acreditaste” (Lc 1,45). Pois o padre há de ser um homem de fé. Meditando na Palavra do Senhor e descobrindo cada dia como Deus caminha conosco. Para iluminar nosso caminho. Para nos dar segurança.

 

E inspirar nosso trabalho. Mesmo quando haja momento obscuro. Há uma certeza interior que não se abala, ainda quando em derredor o caminho não se apresenta tão claro. O padre, na escola da Virgem Maria, deve ser capaz de irradiar essa certeza. E congregará o povo de Deus, ao redor da Palavra de Deus, mesmo que muitas palavras humanas estejam promovendo a dispersão, a desunião, a dúvida e a confusão. No quadro das Bodas de Caná, apresentado por São João, há uma presença irradiante de Maria: “A Mãe de Jesus estava lá”.

E nessa presença, evidentemente, não sem o influxo dela, vê-se despontar uma comunidade unida pela fé: “Os discípulos creram nele” (Jo 2,1-11).

Max Thurian faz o seguinte esplêndido comentário: No fim do encontro Maria e os discípulos formam uma comunidade messiânica unida na fé no Filho de Deus que acabou de manifestar a sua glória. Ali está o núcleo da Igreja em torno do seu Senhor, ouvindo a sua Palavra e cumprindo a vontade do Pai.

Maria está presente nessa comunidade eclesial e pode-se imaginar o Cristo, enquanto contemplar esse grupo que está em torno dele, dizendo: “Eis aqui a minha mãe e meus irmãos. Porque todo aquele que fizer a vontade do Pai que está no céu, esse é para mim irmão, irmã e mãe”. (Apud A. M. Serra – “Maria em Caná e junto à cruz”)

Aí está uma fonte de inspiração para a fecundidade do trabalho sacerdotal. A Virgem Maria há de ajudar cada sacerdote no seu trabalho de guiar o povo de Deus e congregá-lo como guiou e congregou os apóstolos no começo do cristianismo. Sob seu olhar, feito de inspiração e de bênção, jamais o povo será “um rebanho sem pastor”.(Mc.6,34).