Lucas 9, 57-62 – “Eu te seguirei para onde quer que fores”

– A Bíblia explicada em Capítulos e Versículos-

– O Amanhecer do Evangelho –

Reflexões e Ilustrações de Pe. Lucas de Paula Almeida, CM

“Eu te seguirei para onde quer que fores

 Quinta-feira da 26ª Semana do Tempo Comum

1) Oração

Ó Deus, que mostrais vosso poder sobretudo no perdão e na misericórdia, derramai sempre em nós a vossa graça, para que, caminhando ao encontro das vossas promessas, alcancemos os bens que nos reservais. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.2) Leitura do Evangelho (Lucas 9,57-62) (Mt 8,19-22)

Enquanto iam andando, alguém no caminho disse a Jesus: “Eu te seguirei para onde quer que fores.”   Mas Jesus lhe respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça.” Jesus disse a outro: “Siga-me.” Esse respondeu: “Deixa primeiro que eu vá sepultar meu pai.”  Jesus respondeu: “Deixe que os mortos sepultem seus próprios mortos; mas você, vá anunciar o Reino de Deus.” Outro ainda lhe disse: “Eu te seguirei, Senhor, mas deixa primeiro que eu vá me despedir do pessoal de minha casa.” Mas Jesus lhe respondeu: “Quem põe a mão no arado e olha para trás, não serve para o Reino de Deus.”3) Reflexão Lucas 9, 57-62

* No evangelho de hoje continua a longa e dura caminhada de Jesus desde a periferia lá da Galiléia para a capital. Saindo da Galiléia, Jesus entra na Samaria e segue para Jerusalém. Nem todos o compreendem. Muitos o abandonam, pois as exigências são grandes. Mas outros se aproximam e se apresentam para seguir Jesus. No início da sua atividade pastoral, lá na Galiléia, Jesus havia chamado três pessoas: Pedro, Tiago e João (Lc 5,8-11). Aqui na Samaria, também são três que se apresentam ou são chamados. Nas respostas de Jesus, transparece quais as condições para alguém poder ser discípulo ou discípula de Jesus.* Lucas 9,56-58: O primeiro dos três novos discípulos. “Enquanto iam andando, alguém no caminho disse a Jesus: “Eu te seguirei para onde quer que fores.” Mas Jesus lhe respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça.” A esta primeira pessoa que quer ser discípulo, Jesus pede o despojamento total de tudo: não ter onde reclinar a cabeça, nem buscar uma falsa segurança onde reclinar o pensamento da cabeça.* Lucas 9,59-60: O segundo dos três novos discípulos. “Jesus disse a outro: Siga-me. Esse respondeu: Deixa primeiro que eu vá sepultar meu pai.” Jesus respondeu: Deixe que os mortos sepultem seus próprios mortos; mas você, vá anunciar o Reino de Deus.” A esta segunda pessoa chamada por Jesus para segui-lo, Jesus pede para deixar que os mortos enterrem seus mortos. Trata-se de um provérbio popular usado para dizer: deixe para lá as coisas do passado. Não perca tempo com o que já passou e olhe para a frente. Depois de ter descoberto a vida nova em Jesus, o discípulo não deve perder tempo com o que já passou.* Lucas 9,61-62: O terceiro dos três novos discípulos. “Outro ainda lhe disse: Eu te seguirei, Senhor, mas deixa primeiro que eu vá me despedir do pessoal de minha casa. Mas Jesus lhe respondeu: Quem põe a mão no arado e olha para trás, não serve para o Reino de Deus”. A esta terceira pessoa chamada para ser discípulo, Jesus pede para romper com os laços familiares. Em outra ocasião ele tinha dito: “Quem ama seu pai e sua mãe mais do que a mim, não pode ser meu discípulo (Lc 14,26; Mt 10,37). Jesus é mais exigente que o profeta Elias que permitiu que Eliseu despedir-se dos seus pais (1Rs 19,19-21). Significa também romper com os laços nacionalistas da raça e com a estrutura da família patriarcal.* São três exigências fundamentais apresentadas como condição para alguém poder ser discípulo ou discípula de Jesus:(1) abandonar os bens materiais, (2) não se agarrar aos bens pessoais vividos e acumulados no passado, e (3) romper com os laços familiares. Na realidade, ninguém, nem mesmo querendo, pode romper com os laços familiares, nem com as coisas vividas no passado. O que se exige é saber reintegrar tudo (bens materiais, vida pessoal e vida familiar) de maneira nova em torno do novo eixo que é Jesus e a Boa Nova de Deus que ele nos trouxe.* Jesus, ele mesmo, viveu e realizou o que pedia dos seus seguidores e seguidoras. Com a sua decisão de subir para Jerusalém Jesus revela qual é o seu projeto. A sua viagem a Jerusalém (Lc 9,51 a 19,27) é apresentada como assunção (Lc 9,51), êxodo (Lc 9,31) ou travessia (Lc 17,11). Chegando em Jerusalém, ele realiza o êxodo, a assunção ou a travessia definitiva deste mundo para o Pai (Jo 13,1). Só uma pessoa verdadeiramente livre poderia realizá-lo, pois um tal êxodo supõe a entrega radical da própria vida pelo irmãos (Lc 23,44-46; 24,51). Este é o êxodo, a travessia, a assunção que as comunidades devem realizar para levar adiante o projeto de Jesus.4) Para um confronto pessoal

  1. Compare cada uma das três exigências com a sua própria vida?

  1. Quais os problemas que apareceram em sua vida como conseqüência da decisão que tomou de seguir Jesus?

5) Oração final

Senhor, tu me examinas e me conheces, sabes quando me sento e quando me levanto. Penetras de longe meus pensamentos, distingues meu caminho e meu descanso, sabes todas as minhas trilhas. (Sl 138, 1-3)

O AMANHECER DO EVANGELHO
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REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE
PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM
30 DE SETEMBRO, DIA DA BÍBLIA
Em 30 de setembro comemoramos o Dia da Bíblia. Santo Agostinho afirma que Deus escreveu dois livros e o primeiro não é a Bíblia, mas a vida, os fatos, os acontecimentos. E por causa da nossa mania de querer dominar tudo, as letras desse livro se atrapalharam, a gente não consegue descobrir Deus dentro da vida. Então para nos ajudar a ler a vida, Deus escreveu mais um livro que é a Bíblia que não foi escrito para ocupar o lugar da vida, mas para nos ajudar a ler a vida, descobrir Deus na vida. Santo Agostinho nos diz, a leitura da Bíblia todos os dias é como um colírio que você coloca no olho. Colírio melhora a visão e, com esse novo olhar de contemplação, somos capazes de decifrar o mundo.
A Bíblia é o reflexo de uma vivência do Povo com o seu Deus e de Deus com o seu Povo. Deus está presente na história dos homens e por isso está presente na Bíblia. Através da sua Palavra, Deus anima e orienta o seu Povo, incitando-o a lutar e a viver sem nunca desanimar. Através de uma pedagogia admirável, Deus conduz o seu Povo apresentando-se como um Deus-Amor, como um Deus-Irmão. Realidade tornada visível e palpável quando Jesus Cristo, a Palavra viva, encarna e vive a mesma vida dos homens. Este pequeno artigo procura dar resposta a questões como: De onde vem a Bíblia? Quem a escreveu? Quando? Por que é um livro tão importante?SETEMBRO É O MÊS DA BÍBLIA E 30 DE SETEMBRO É O SEU DIA
O Dia da Bíblia é comemorado anualmente em 30 de setembro, entre os cristãos católicos. A Bíblia é o livro sagrado para o cristianismo, assim como o Alcorão é para o Islamismo, o Mahabharata é para o Hinduísmo e etc. Esta data, excepcionalmente religiosa, consiste em estimular uma reflexão nos católicos para que possam estudar mais constantemente a “Palavra de Deus” presente na Bíblia. Para os cristãos católicos, a Bíblia é como um “guia” de ensinamentos que orientam o modo de vida a ser seguido pelos seus fiéis, além de apresentar crônicas, parábolas e previsões feitas por profetas sobre o Apocalipse. Acredita-se que o Dia da Bíblia é celebrado em 30 de setembro em homenagem a figura de São Jerônimo, Doutor da Igreja Católica e conhecido. São Jerônimo, o esforçado tradutor da Bíblia
O último dia de setembro marca o mês inteiro. Dia 30 lembra São Jerônimo, o esforçado tradutor da Bíblia. Em sua homenagem setembro leva a fama de ser o mês da Bíblia. No ano 382, Pe. Jerônimo foi chamado pelo papa Dâmaso para ser seu secretário particular. Já em Roma, recebeu a incumbência de traduzir a Bíblia, do grego e do hebraico para o latim. Neste trabalho, ele dedicou quase toda sua vida a estudar o aramaico e o grego, as línguas da Bíblia, para traduzi-la ao latim, a língua do povo em seu tempo. O conjunto final de sua tradução da Bíblia, em latim, se chamou “Vulgata” e se tornou oficial no Concílio de Trento. Desde 1947, já se celebra o Dia da Bíblia em 30/09, data de falecimento do santo. Para melhor captar o significado exato da linguagem bíblica, São Jerônimo foi viver na Palestina, estabelecendo residência perto de Belém, onde veio a falecer, depois de longa e benemérita vida, dedicada toda ela a serviço da Bíblia.
Faz poucos dias que recordamos São Mateus, um dos quatro evangelistas. A propósito dos quatro evangelhos, fomos nos dando conta do alcance especial que possui este fato singular, de termos quatro versões do mesmo Evangelho de Jesus, e termos mais de setenta livros que registram a interação de Deus na história da humanidade.Pois na verdade, se trata disto. A Bíblia é plural, consta de mais de setenta livros, cuja diversidade tenta expressar a multiforme presença de Deus na pluralidade de situações que compõem a trama da vida humana.Na Bíblia existe de tudo, desde guerras até poemas de amor. Tudo para dizer que qualquer situação humana nos coloca ao alcance da graça divina, cuja presença precisamos perceber. A Bíblia registra o esforço de Deus de se fazer entender, sua “condescendência” em vir ao encontro da humanidade.Traduzir a Bíblia, como fez São Jerônimo, não consiste só em colocá-la na linguagem de hoje. É, sobretudo, indicar a maneira atual como Deus continua nos falando, a partir de como ele já falou pelos livros que sua providência garantiu que ficassem por escrito, como testemunhas de sua disposição de nos comunicar seus mistérios de amor. Se nos damos conta de como ele falou, entenderemos como ele continua nos falando.
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