Mc 10,46-52 – Bartimeu, o cego de Jericó, discípulo modelo para todos nós
https://youtu.be/Xo4cg0hEGDE
https://www.youtube.com/watch?v=Xo4cg0hEGDE&t=5s
A Bíblia explicada em capítulos e versículos-
O Amanhecer do Evangelho-
Reflexões, Ilustrações, Vídeo e trilha Sonora de
Pe. Lucas de Paula Almeida- CM

1. Oração do dia

Fazei, ó Deus, que os acontecimentos deste mundo decorram na paz que desejais e vossa Igreja voz possa servir alegre e tranquila. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.2. Evangelho (Marcos 10,46-52)Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.

Naquele tempo, 10 46 chegaram a Jericó. Ao sair dali Jesus, seus discípulos e numerosa multidão, estava sentado à beira do caminho, mendigando, Bartimeu, que era cego, filho de Timeu.
47 Sabendo que era Jesus de Nazaré, começou a gritar: “Jesus, filho de Davi, em compaixão de mim!”
48 Muitos o repreendiam, para que se calasse, mas ele gritava ainda mais alto: “Filho de Davi, tem compaixão de mim!”
49 Jesus parou e disse: “Chamai-o” Chamaram o cego, dizendo-lhe: “Coragem! Levanta-te, ele te chama.”
50 Lançando fora a capa, o cego ergueu-se dum salto e foi ter com ele.
51 Jesus, tomando a palavra, perguntou-lhe: “Que queres que te faça? Rabôni, respondeu-lhe o cego, que eu veja!
52 Jesus disse-lhe: Vai, a tua fé te salvou.” No mesmo instante, ele recuperou a vista e foi seguindo Jesus pelo caminho. – Palavra da Salvação.
3. Momento de reflexão- A Bíblia explicada em capítulos e versículos-Mc 10,46-52 – Bartimeu, o cego de Jericó, discípulo modelo para todos nós –

Finalmente, após longa travessia, chegam a Jericó, última parada antes da subida para Jerusalém. O cego Bartimeu está sentado à beira da estrada. Não pode participar da peregrinação que acompanha Jesus. Mas ele grita, invocando a ajuda de Jesus: “Filho de Davi! Tem compaixão de mim!” O grito do pobre incomoda. Os que acompanham Jesus tentam abafá-lo. Mas “ele gritava mais ainda!” E Jesus, o que faz? Ele escuta o grito, para e manda chamá-lo! Os que queriam abafar o grito incômodo do pobre, agora, a pedido de Jesus, são obrigados a ajudar o pobre a chegar até ele.
Bartimeu larga tudo e vai até Jesus. Não tem muito. Apenas um manto. Mas era o que tinha para cobrir o seu corpo (cf. Ex 22,25-26). Era a sua segurança, o seu chão! Jesus pergunta: “O que você quer que eu faça?” Não basta gritar.Tem que saber por que grita! “Mestre, que eu possa ver novamente!” Bartimeu tinha invocado Jesus com ideias não inteiramente corretas, pois o título “Filho de Davi” não era muito bom. O próprio Jesus o tinha criticado (Mc 12,35-37). Mas Bartimeu teve mais fé em Jesus do que nas suas ideias sobre Jesus. Assinou em branco. Não fez exigências como Pedro. Soube entregar sua vida aceitando Jesus sem impor condições. Jesus lhe disse: “Tua fé te curou!” No mesmo instante, o cego recuperou a vista. Largou tudo e seguiu Jesus no caminho para o Calvário (10,52).Sua cura é fruto da sua fé em Jesus (Mc 10,46-52). Curado, Bartimeu segue Jesus e sobe com ele para Jerusalém. Tornou-se discípulo modelo para Pedro e para todos os que queremos “seguir Jesus no caminho” em direção a Jerusalém: acreditar mais em Jesus do que nas nossas ideias sobre Jesus! Nesta decisão de caminhar com Jesus estão a fonte da coragem e a semente da vitória sobre a cruz. Pois a cruz não é uma fatalidade, nem uma exigência de Deus. Ela é a consequência do compromisso assumido com Deus de servir às irmãs e aos irmãos e de recusar o privilégio.Alargando –

A fé é uma força que transforma as pessoas

A Boa Nova do Reino anunciada por Jesus era como um fertilizante. Fazia crescer a semente da vida que estava escondida no povo, escondida como fogo em brasa debaixo das cinzas das observâncias sem vida. Jesus soprou nas cinzas e o fogo acendeu, o Reino desabrochou e o povo se alegrou. A condição era sempre a mesma: crer em Jesus.
A cura de Bartimeu (Mc 10,46-52) explicita um aspecto muito importante da longa instrução de Jesus aos discípulos. Bartimeu tinha invocado Jesus com o título messiânico “Filho de Davi” (Mc 10,47). Jesus não gostava deste título (Mc 12,35-37). Porém, mesmo invocando Jesus com ideias não inteiramente corretas, Bartimeu teve fé e foi curado.Diferentemente de Pedro (Mc 8,32-33), Bartimeu acreditou mais em Jesus do que nas ideias que tinha sobre Jesus. Converteu-se, largou tudo e seguiu Jesus no caminho para o Calvário (Mc 10,52). A compreensão plena do seguimento de Jesus não se obtém pela instrução teórica, mas sim pelo compromisso prático, caminhando com ele no caminho do serviço, desde a Galileia até Jerusalém.Quem insiste em manter a ideia de Pedro, isto é, do Messias glorioso sem a cruz, nada vai entender de Jesus e nunca chegará a tomar a atitude do verdadeiro discípulo. Quem souber crer em Jesus e fazer a “entrega de si” (Mc 8,35), aceitar “ser o último” (Mc 9,35), “beber o cálice e carregar sua cruz” (Mc 10,38), este, como Bartimeu, mesmo tendo ideias não inteiramente corretas, conseguirá enxergar e “seguirá Jesus no caminho” (Mc 10,52). Nesta certeza de caminhar com Jesus estão a fonte da coragem e a semente da vitória sobre a cruz.4) Para um confronto pessoal

  1. Todos acreditamos em Jesus. Mas um entende Jesus de um jeito, outro o entende de outro jeito. Qual é, hoje, o Jesus mais comum no modo de pensar do povo? Como a propaganda interfere no meu modo de ver Jesus? O que faço para não cair engano da propaganda?
  2. O que Jesus pede às pessoas que querem seguI-lo? O que, hoje, nos impede de reconhecer e de assumir o projeto de Jesus?

5) Oração final

SENHOR, quem pode habitar na tua tenda? E morar no teu santo monte Aquele que vive sem culpa, age com justiça e fala a verdade no seu coração. (Sl 14, 1-2)

(Marcos 8, 22-26) – TEMA DO DIA: *  O Evangelho de hoje conta a cura de um cego.
A Bíblia explicada em capítulos e versículos-
O Amanhecer do Evangelho-
Reflexões, Ilustrações, Vídeo e trilha Sonora de
Pe. Lucas de Paula Almeida- CM  

  (Marcos 8, 22-26) – TEMA DO DIA: *  O Evangelho de hoje conta a cura de um cego.1) Oração

Ó Deus, que prometestes permanecer nos corações sinceros e retos, dai-nos, por vossa graça, viver de tal modo, que possais habitar em nós. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.2) Leitura do Evangelho (Marcos 8, 22-26)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos – Naquele tempo, 22Chegando Jesus e seus discípulos a Betsaida, trouxeram-lhe um cego e suplicaram-lhe que o tocasse. 23Jesus tomou o cego pela mão e levou-o para fora da aldeia. Pôs-lhe saliva nos olhos e, impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: Vês alguma coisa? 24O cego levantou os olhos e respondeu: Vejo os homens como árvores que andam. 25Em seguida, Jesus lhe impôs as mãos nos olhos e ele começou a ver e ficou curado, de modo que via distintamente de longe. 26E mandou-o para casa, dizendo-lhe: Não entres nem mesmo na aldeia. – Palavra da salvação.3) Reflexão   Jo 15,9-17

*  O Evangelho de hoje conta a cura de um cego. Este episódio da cura forma o início de uma longa instrução de Jesus aos discípulos (Mc 8,27 a 10,45) que, por sua vez, termina com a cura de um outro cego (Mc 10,46-52). No meio deste contexto mais amplo Marcos sugere aos leitores que os cegos de verdade são Pedro e os outros discípulos. Somos todos nós! Eles não entendiam a proposta de Jesus quando este falava do sofrimento e da cruz. Pedro aceitava Jesus como messias, mas não como messias sofredor (Mc 8,27-33). Ele estava influenciado pela propaganda do governo da época que só falava do messias como rei glorioso. Pedro parecia cego. Não enxergava nada e ainda queria que Jesus fosse como ele, Pedro, o queria.*  O evangelho de hoje mostra como foi difícil a cura do primeiro cego. Jesus teve que realizá-la em duas etapas. Igualmente difícil foi a cura da cegueira dos discípulos. Jesus teve que fazer uma longa explicação a respeito do significado da Cruz para ajudá-los a enxergar, pois era a cruz que estava provocando neles a cegueira.*  No ano 70, quando Marcos escreve, a situação das comunidades não era fácil. Havia muito sofrimento, muitas cruzes. Seis anos antes, em 64, o imperador Nero tinha decretado a primeira grande perseguição, matando muitos cristãos. Em 70, na Palestina, Jerusalém estava sendo destruída pelos romanos. Nos outros países, estava começando uma tensão forte entre judeus convertidos e judeus não convertidos. A dificuldade maior era a Cruz de Jesus. Os judeus achavam que um crucificado não podia ser o messias tão esperado pelo povo, pois a lei afirmava que todo crucificado devia ser considerado como um maldito de Deus (Dt 21,22-23).*   Marcos 8,22-26Cura de um cego.

Trouxeram um cego, pedindo que Jesus o curasse. Jesus o curou, mas de um jeito diferente. Primeiro, ele o levou para fora do povoado. Em seguida, cuspiu nos olhos dele, impôs as mãos e perguntou: Você está vendo alguma coisa? O homem respondeu: Vejo pessoas; parecem árvores que andam! Enxergava só uma parte. Trocava árvore por gente, ou gente por árvore! Foi só na segunda tentativa que Jesus curou o cego e o proibiu de entrar no povoado. Jesus não queria propaganda fácil.*   Como dissemos, esta descrição da cura do cego forma a introdução à longa instrução de Jesus para curar a cegueira dos discípulos, que, no fim, termina com a cura de outro cego, o Bartimeu. Na realidade o cego era Pedro. Somos todos nós. Pedro não queria o compromisso da Cruz! E nós será que entendemos o significado do sofrimento na vida?*   Entre as duas curas de cego (Mc 8,22-26 e Mc 10,46-52), está a longa instrução sobre a Cruz (Mc 8,27 a 10,45). Parece um catecismo, feita com frases do próprio Jesus. Ela fala sobre a cruz na vida do discípulo e da discípula. A longa instrução consta de três anúncios da paixão. O primeiro é de Marcos 8,27-38. O segundo, de Marcos 9,30-37. O terceiro, de Marcos 10,32-45. Entre o primeiro e o segundo, há uma série de instruções para ajudar a entender que Jesus é o Messias Servo (Mc 9,1-29). Entre o segundo e o terceiro, uma série de instruções que esclarecem que tipo de conversão deve ocorrer na vida dos que aceitam Jesus como Messias Servo (Mc 9,38 a 10,31).Mc 8,22-26: a cura de um cego

Mc 8,27-38: primeiro anúncio da Cruz

Mc 9,1-29: instruções aos discípulos sobre o Messias Servo

Mc 9,30-37: Segundo anúncio da Cruz

Mc 9,38 a 10,31: instruções aos discípulos sobre a conversão

Mc 10,32-45: terceiro anúncio da Cruz

Mc 10,46-52: a cura do cego BartimeuO conjunto desta instrução tem como pano de fundo a caminhada da Galiléia até Jerusalém. Desde o começo até o fim desta longa instrução, Marcos informa que Jesus está a caminho de Jerusalém, onde será preso e morto (Mc 8,27; 9,30.33; 10,1.17.32). A compreensão plena do seguimento de Jesus não se obtém pela instrução teórica, mas sim pelo compromisso prático, caminhando com ele no caminho do serviço, desde a Galiléia até Jerusalém. Quem insiste em manter a idéia de Pedro, isto é, do Messias glorioso sem a cruz, nada vai entender e nunca chegará a tomar a atitude do verdadeiro discípulo. Continuará cego, trocando gente por árvore (Mc 8,24). Pois sem a cruz é impossível entender quem é Jesus e o que significa seguir Jesus.O Caminho do seguimento é o caminho da entrega, do abandono, do serviço, da disponibilidade, da aceitação do conflito, sabendo que haverá ressurreição. A cruz não é um acidente de percurso, mas faz parte deste caminho. Pois num mundo, organizado a partir do egoísmo, o amor e o serviço só podem existir crucificados! Quem faz da sua vida um serviço aos outros, incomoda os que vivem agarrados aos privilégios, e sofre.4) Para um confronto pessoal

  1. Todos acreditamos em Jesus. Mas um entende Jesus de um jeito, outro o entende de outro jeito. Qual é, hoje, o Jesus mais comum no modo de pensar do povo? Como a propaganda interfere no meu modo de ver Jesus? O que faço para não cair engano da propaganda?
  2. O que Jesus pede às pessoas que querem seguI-lo? O que, hoje, nos impede de reconhecer e de assumir o projeto de Jesus?

5) Oração final

SENHOR, quem pode habitar na tua tenda? E morar no teu santo monte Aquele que vive sem culpa, age com justiça e fala a verdade no seu coração. (Sl 14, 1-2)

 

Mc 10, 46-52 – *“SENHOR, QUE EU VEJA!” 
A Bíblia explicada em capítulos e versículos-
O Amanhecer do Evangelho-
Reflexões, Ilustrações, Vídeo e trilha Sonora de
Pe. Lucas de Paula Almeida- CM  

XXX DOMINGO DO TEMPO COMUM -ANO B

Um cego mendigando, sentado à beira do caminho, era nos tempos de Jesus uma cena comum. Se alguém era cego, não tinha outro meio de vida senão pedir esmola. E o mesmo se poderia dizer dos outros deficientes físicos.Não havia os recursos de recuperação que há hoje. Não havia, sobretudo, o espírito de ajuda fraterna – fruto, afinal, do cristianismo – que se foi implantando e ampliando no mundo.Os cegos, de modo particular, têm hoje tantos institutos que os assistem e Ihes ensinam a viver com segurança, apesar da falta de visão. E se inventou o alfabeto Braille, graças ao qual os cegos lêem e escrevem, freqüentam escolas e universidade, havendo, inclusive, imprensa própria, graças à qual eles podem acompanhar a vida do mundo.Sem falar nos prodígios da cirurgia dos olhos, sobretudo do transplante de córneas, que faz de certo modo acontecer para o cego o prodígio do primeiro dia da criação: “Faça-se a luz! E a luz apareceu”.Jesus veio trazer a vista aos cegos. Isso está escrito em Isaías e era um dos sinais da chegada do Messias (v. Lc 4, 16-21 ). O evangelho fala dessas curas. Sobretudo no caso desse Bartimeu que Jesus curou, no caminho que o levava de Jericó a Jerusalém, onde ia acontecer a Paixão. Aliás, a cura desse cego é o último milagre narrado por São Marcos. Ele aparece também nos outros sinópticos, sendo que eles falam de dois cegos, enquanto São Marcos transcreve a catequese onde se fixou a atenção apenas sobre a figura de Bartimeu.A descrição de São Marcos é muito viva e luminosa. Estava o cego sentado à beira da estrada pedindo esmola aos que passavam. De repente ouviu o barulho de uma multidão que se aproximava. Soube que era Jesus. E começou a gritar com toda a força: “Filho de Davi, tem piedade de mim! “(Mc 1 0,48).O título com que ele chama por Jesus é um título messiânico, o mesmo que irá logo ressoar nas aclamações da entrada de Jerusalém. Donde se vê que já se tinha espalhado a crença no messianismo de Jesus.Jesus mandou chamá-Io, e ele, sabendo que era o Mestre que o chamava, lançou fora seu manto e de um salto foi ao encontro do Senhor . “Que queres que eu te faça”? “perguntou-lhe Jesus (v 51 ).Não que não fosse evidente o que o pobrezinho estava querendo. É que Jesus quis provocar-lhe a fé. E ele respondeu: Senhor, que eu veja. E Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E na mesma hora ele recobrou a vista e o foi seguindo pelo caminho” (Ib., 51-52).Jesus fez muito mais do que restituir a vista a um cego, ou a vários cegos. Ele é a luz do mundo! Ele veio vencer “as trevas que envolviam o mundo e dominar a escuridão que cobria os povos”, como diz Isaías, o qual completa a profecia, dizendo: “Sobre ti (Jerusalém), o Senhor se levanta, e aparece sobre ti a sua glória. As nações caminharão para a tua luz, e os reis para o clarão de tua aurora” (Is 60, 2-3).Na festa da Epifania, esta profecia de Isaías prepara a leitura do Evangelho, no qual a luz da estrela que brilhou para os magos no Oriente é um prelúdio da claridade universal da luz de Cristo, que veio iluminar todas as nações do universo.A Igreja, pela sua presença de paz e de alegria, deve ser a portadora dessa luz no mundo. Deve ser como aquela multidão entusiasta e devota que acompanhava Jesus no caminho de Jericó. Foi sua presença fervorosa que despertou a atenção do pobre cego. Do fundo da escuridão de sua cegueira ele entreviu o fascínio celestial que Cristo derramava em derredor de si. E começou o caminho de sua cura e de seu seguimento de Jesus. A Igreja tem a missão permanente de evangelizar. E ela cumpre essa missão não apenas pelo que prega, mas pela sua própria vida. Mesquinha figura de evangelizadora faria uma Igreja cujos fiéis caminhassem em passos lentos e monótonos, como quem transportasse um peso insuportável. É preciso que brilhe neles a alegria da fidelidade. A alegria da esperança!LEITURAS do XXX Domingo do Tempo Comum – Ano B:

1ª – Jr 31,7-9.

2ª – Hb 5, 1-6.

3ª – Mc 10, 46-52.