O AMANHECER DO EVANGELHO

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA

REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM Segunda-feira da 26ª Semana do Tempo Comum

1) Oração

Ó Deus, que mostrais vosso poder sobretudo no perdão e na misericórdia, derramai sempre em nós a vossa graça, para que, caminhando ao encontro das vossas promessas, alcancemos os bens que nos reservais. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.2) Leitura do Evangelho (Lc 9,46-50)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas – Veio-lhes então o pensamento de qual deles seria o maior. Penetrando Jesus nos pensamentos de seus corações, tomou um menino, colocou-o junto de si e disse-lhes: Todo o que recebe este menino em meu nome, a mim é que recebe; e quem recebe a mim, recebe aquele que me enviou; pois quem dentre vós for o menor, esse será grande. 49João tomou a palavra e disse: Mestre, vimos um homem que expelia demônios em teu nome, e nós lho proibimos, porque não é dos nossos. Mas Jesus lhe disse: Não lho proibais; porque, o que não é contra vós, é a vosso favor. – Palavra da salvação.3) Reflexão

* Tornar-se como criança. Jesus pede que os discípulos se tornem como criança e aceitem o Reino como criança. Sem isso não é possível entrar no Reino (Lc 9,46-48). Ele coloca a criança como profes­sor de adulto! O que não era normal. Costumamos fazer o contrário.

* O Reino de Deus estabeleceu, para a comunidade dos discípulos, escalas de valores diferentes daquelas calcadas em critérios mundanos. Apresentou uma verdadeira contraposição, desvalorizando o que o mundo valoriza e apresentando como valor fundamental o que não parece importante aos olhos das pessoas. Neste contexto, Jesus fez frente a uma mentalidade mesquinha que grassava entre os discípulos, preocupados em saber qual deles seria o maior. Evidentemente, segundo os padrões humanos.* Para detectar quem, entre eles, estaria em condições de considerar-se o maior, Jesus propôs-lhes uma prova concreta: ser capaz de acolher uma criança em seu nome. Na cultura da época, este gesto supunha uma reviravolta na mentalidade em vigor. Acolher significava valorizar, dar atenção, colocar-se totalmente à disposição de alguém e mostrar-se gentil e atencioso. Mas tudo isto deveria ser feito às crianças, cuja desvalorização social era bem conhecida. Na perspectiva do mundo, acolher uma criança era pura perda de tempo. No horizonte do Reino, acolher uma criança em nome de Jesus transformava-se num gesto de grandeza. Acolhendo-a, acolhia-se o próprio Jesus.* A grandeza, neste caso, consistia em amar a quem não era amado, valorizar quem não era valorizado, mostrar-se solidário com quem era vítima da marginalização.4) Para um confronto pessoal

  1. Jesus coloca a criança como profes­sor de adulto! O que não era normal. Costumamos fazer o contrário.

O Reino de Deus estabeleceu, para a comunidade dos discípulos, escalas de valores diferentes daquelas calcadas em critérios mundanos. Como recebemos essa nova escala de valores?5) Oração final

Eu vos louvarei de todo o coração, Senhor, porque ouvistes as minhas palavra. Na presença dos anjos eu vos cantarei. Ante vosso santo templo prostrar-me-ei, e louvarei o vosso nome, pela vossa bondade e fidelidade. (Sl 137, 1-2)