(João 6, 22-29)- No evangelho de hoje iniciamos a reflexão sobre o Discurso do Pão da Vida (Jo 6,22-71), que se prolongará durante os próximos seis dias, até o fim desta semana.
A Bíblia explicada em capítulos e versículos –
Reflexões e ilustrações Pe. Lucas de Paula Almeida, CM
1) Oração
Ó Deus, vós que mostrais aos que erram a luz da verdade para que possam voltar ao bom caminho, concedei a todos os que se gloriam da vocação cristã rejeitem o que se opõe a este nome e abracem quanto possa honrá-lo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.2) Leitura do Evangelho (João 6, 22-29)
Naquele tempo, 22No dia seguinte, a multidão que tinha ficado do outro lado do mar notou que antes havia aí um só barco e que Jesus não tinha entrado nele com os discípulos, os quais tinham partido sozinhos. 23Entretanto, outros barcos chegaram de Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o pão depois de o Senhor ter dado graças. 24Quando a multidão percebeu que Jesus não estava aí, nem os seus discípulos, entraram nos barcos e foram procurar Jesus em Cafarnaum. 25Encontrando- o do outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?” 26Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes saciados. 27Trabalhai não pelo alimento que perece, mas pelo alimento que permanece até à vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois a este, Deus Pai o assinalou com seu selo. 28Perguntaram então: “Que devemos fazer para praticar as obras de Deus?” 29Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”.3) Reflexão
No evangelho de hoje iniciamos a reflexão sobre o Discurso do Pão da Vida (Jo 6,22-71), que se prolongará durante os próximos seis dias, até o fim desta semana. Depois da multiplicação dos pães, o povo foi atrás de Jesus. Tinha visto o milagre, comeu com fartura e queria mais! Não se preocupou em procurar o sinal ou o apelo de Deus que havia em tudo isso. Quando o povo encontrou Jesus na sinagoga de Cafarnaum, teve com ele uma longa conversa, chamada Discurso do Pão da Vida. Não é propriamente um discurso, mas trata-se de um conjunto de sete pequenos diálogos que explicam o significado da multiplicação dos pães como símbolo do novo Êxodo e da Ceia Eucarística.* É bom ter presente a divisão do capítulo para poder perceber melhor o seu sentido:6,1-15: o grande da multiplicação dos pães
6,16-21: a travessia do lago, e Jesus caminhando sobre as águas
6,22-71: o diálogo de Jesus com o povo, com os judeus e com os discípulos
1º diálogo: 6,22-27 com o povo: o povo procura Jesus e o encontra em Cafarnaum
2º diálogo: 6,28-34 com o povo: a fé como obra de Deus e o maná no deserto
3º diálogo: 6,35-40 com o povo: o pão verdadeiro é fazer a vontade de Deus
4º diálogo: 6,41-51 com os judeus: murmurações dos judeus
5º diálogo: 6,52-58 com os judeus: Jesus e os judeus
6º diálogo: 6,59-66 com os discípulos: reação dos discípulos
7º diálogo: 6,67-71 com os discípulos: confissão de PedroA conversa de Jesus com o povo, com os judeus e com os discípulos é um diálogo bonito, mas exigente. Jesus procura abrir os olhos do povo para que aprenda a ler os acontecimentos e descubra neles o rumo que deve tomar na vida. Pois não basta ir atrás de sinais milagrosos que multiplicam o pão para o corpo. Não só de pão vive o homem. A luta pela vida sem uma mística não alcança a raiz. Enquanto vai conversando com Jesus, o povo fica cada vez mais contrariado com as palavras dele. Mas Jesus não cede, nem muda as exigências. O discurso parece um funil. Na medida em que a conversa avança, é cada vez menos gente que sobra para ficar com Jesus. No fim só sobram os doze, e nem assim Jesus pode confiar em todos eles! Hoje acontece a mesma coisa. Quando o evangelho começa a exigir compromisso, muita gente se afasta.João 6,22-27: O povo procura Jesus porque quer mais pão. O povo foi atrás de Jesus. Viu que ele não tinha entrado no barco com os discípulos e, por isso, não entendeu como ele tinha feito para chegar em Cafarnaum. Também não entendeu o milagre da multiplicação dos pães. O povo viu o que aconteceu, mas não chegou a entende-lo como um sinal de algo mais alto ou mais profundo. Parou na superfície: na fartura de comida. Buscou pão e vida, mas só para o corpo. No entender do povo, Jesus fez o que Moisés tinha feito no passado: deu alimento farto para todos no deserto. Indo atrás de Jesus, eles queriam que o passado se repetisse. Mas Jesus pede que o povo dê um passo adiante. Além do trabalho pelo pão que perece, deve trabalhar pelo alimento não perecível. Este novo alimento será dado pelo Filho do Homem, indicado pelo próprio Deus. Ele traz a vida que dura para sempre. Ele abre para nós um novo horizonte sobre o sentido da vida e sobre Deus.João 6,28-29: Qual é a obra de Deus? O povo pergunta: O que devemos fazer para realizar este trabalho (obra) de Deus? Jesus responde que a grande obra que Deus pede de nós “é crer naquele que Deus enviou” . Ou seja, crer em Jesus!4) Para um confronto pessoal
1) O povo estava com fome, comeu do pão e procurava mais pão. Procurou o milagroso e não buscou o sinal de Deus que nele se escondia. O que eu mais procuro na minha vida: milagre ou sinal?
2) Pare um momento, faça silêncio dentro de você e pergunte a si mesmo: “Crer em Jesus: o que significa isto para mim bem concretamente no dia a dia da minha vida?”
Eu te expus meus caminhos e me respondeste; ensina-me teus estatutos. Faze-me conhecer o caminho dos teus preceitos e meditarei nos teus prodígios. (Sl 118, 26-27)
ORAÇÃO COMPOSTA POR SANTO AFONSO DE LIGÓRIO
Ó Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse período de minha vida! Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.
LADAINHA DE NOSSA SENHORA
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
Deus Pai dos Céus tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo,
Deus Espírito Santo,
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
Santa Maria rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,
Santa Virgem das virgens,
Mãe de Jesus Cristo,
Mãe da divina graça,
Mãe puríssima,
Mãe castíssima,
Mãe imaculada,
Mãe intacta,
Mãe amável,
Mãe admirável,
Mãe do bom conselho,
Mãe do Criador,
Mãe do Salvador,
Mãe da Igreja,
Virgem prudentíssima,
Virgem venerável,
Virgem louvável,
Virgem poderosa,
Virgem benigna,
Virgem fiel,
Espelho de justiça,
Sede da sabedoria,
Causa da nossa alegria,
Vaso espiritual,
Vaso honorífico,
Vaso insigne de devoção,
Rosa mística,
Torre de Davi,
Torre de marfim,
Casa de ouro,
Arca da aliança,
Porta do Céu,
Estrela da manhã,
Saúde dos enfermos,
Refúgio dos pecadores,
Consoladora dos aflitos,
Auxílio dos cristãos,
Esperança dos carmelitas,
Rainha dos anjos,
Rainha dos patriarcas,
Rainha dos profetas,
Rainha dos apóstolos,
Rainha dos mártires,
Rainha dos confessores,
Rainha das virgens,
Rainha de todos os santos,
Rainha concebida sem pecado original,
Rainha assunta ao céu,
Rainha do sacratíssimo Rosário,
Rainha das famílias,
Rainha da paz,
Rainha e esplendor do Carmelo,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende misericórdia de nós.
- – Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
- – Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
OREMOS – Infundi, Senhor, como vos pedimos, vossa graça em nossas almas, para que nós que pela anunciação do Anjo viemos ao conhecimento da encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, pela sua paixão e morte de cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Pelo mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.
O “LEMBRAI-VOS” DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado. Animado de uma tal confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.
– EVANGELHO E HOMILIA DO DIA –
O AMANHECER DO EVANGELHO
– REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM
Ó Deus, vós que mostrais aos que erram a luz da verdade para que possam voltar ao bom caminho, concedei a todos os que se gloriam da vocação cristã rejeitem o que se opõe a este nome e abracem quanto possa honrá-lo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.2) Leitura do Evangelho (João 6, 22-29)
Naquele tempo, 22No dia seguinte, a multidão que tinha ficado do outro lado do mar notou que antes havia aí um só barco e que Jesus não tinha entrado nele com os discípulos, os quais tinham partido sozinhos. 23Entretanto, outros barcos chegaram de Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o pão depois de o Senhor ter dado graças. 24Quando a multidão percebeu que Jesus não estava aí, nem os seus discípulos, entraram nos barcos e foram procurar Jesus em Cafarnaum. 25Encontrando- o do outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?” 26Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes saciados. 27Trabalhai não pelo alimento que perece, mas pelo alimento que permanece até à vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois a este, Deus Pai o assinalou com seu selo. 28Perguntaram então: “Que devemos fazer para praticar as obras de Deus?” 29Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”.