30 DE SETEMBRO, DIA DA BÍBLIA
– O AMANHECER DO EVANGELHO
REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE
PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM
Em 30 de setembro comemoramos o Dia da Bíblia. Santo Agostinho afirma que Deus escreveu dois livros e o primeiro não é a Bíblia, mas a vida, os fatos, os acontecimentos. E por causa da nossa mania de querer dominar tudo, as letras desse livro se atrapalharam, a gente não consegue descobrir Deus dentro da vida. Então para nos ajudar a ler a vida, Deus escreveu mais um livro que é a Bíblia que não foi escrito para ocupar o lugar da vida, mas para nos ajudar a ler a vida, descobrir Deus na vida. Santo Agostinho nos diz, a leitura da Bíblia todos os dias é como um colírio que você coloca no olho. Colírio melhora a visão e, com esse novo olhar de contemplação, somos capazes de decifrar o mundo.
A Bíblia é o reflexo de uma vivência do Povo com o seu Deus e de Deus com o seu Povo. Deus está presente na história dos homens e por isso está presente na Bíblia. Através da sua Palavra, Deus anima e orienta o seu Povo, incitando-o a lutar e a viver sem nunca desanimar. Através de uma pedagogia admirável, Deus conduz o seu Povo apresentando-se como um Deus-Amor, como um Deus-Irmão. Realidade tornada visível e palpável quando Jesus Cristo, a Palavra viva, encarna e vive a mesma vida dos homens. Este pequeno artigo procura dar resposta a questões como: De onde vem a Bíblia? Quem a escreveu? Quando? Por que é um livro tão importante?
SETEMBRO É O MÊS DA BÍBLIA E 30 DE SETEMBRO É O SEU DIA
O Dia da Bíblia é comemorado anualmente em 30 de setembro, entre os cristãos católicos. A Bíblia é o livro sagrado para o cristianismo, assim como o Alcorão é para o Islamismo, o Mahabharata é para o Hinduísmo e etc. Esta data, excepcionalmente religiosa, consiste em estimular uma reflexão nos católicos para que possam estudar mais constantemente a “Palavra de Deus” presente na Bíblia. Para os cristãos católicos, a Bíblia é como um “guia” de ensinamentos que orientam o modo de vida a ser seguido pelos seus fiéis, além de apresentar crônicas, parábolas e previsões feitas por profetas sobre o Apocalipse. Acredita-se que o Dia da Bíblia é celebrado em 30 de setembro em homenagem a figura de São Jerônimo, Doutor da Igreja Católica e conhecido. São Jerônimo, o esforçado tradutor da Bíblia
O último dia de setembro marca o mês inteiro. Dia 30 lembra São Jerônimo, o esforçado tradutor da Bíblia. Em sua homenagem setembro leva a fama de ser o mês da Bíblia. No ano 382, Pe. Jerônimo foi chamado pelo papa Dâmaso para ser seu secretário particular. Já em Roma, recebeu a incumbência de traduzir a Bíblia, do grego e do hebraico para o latim. Neste trabalho, ele dedicou quase toda sua vida a estudar o aramaico e o grego, as línguas da Bíblia, para traduzi-la ao latim, a língua do povo em seu tempo. O conjunto final de sua tradução da Bíblia, em latim, se chamou “Vulgata” e se tornou oficial no Concílio de Trento. Desde 1947, já se celebra o Dia da Bíblia em 30/09, data de falecimento do santo. Para melhor captar o significado exato da linguagem bíblica, São Jerônimo foi viver na Palestina, estabelecendo residência perto de Belém, onde veio a falecer, depois de longa e benemérita vida, dedicada toda ela a serviço da Bíblia.
Faz poucos dias que recordamos São Mateus, um dos quatro evangelistas. A propósito dos quatro evangelhos, fomos nos dando conta do alcance especial que possui este fato singular, de termos quatro versões do mesmo Evangelho de Jesus, e termos mais de setenta livros que registram a interação de Deus na história da humanidade.Pois na verdade, se trata disto. A Bíblia é plural, consta de mais de setenta livros, cuja diversidade tenta expressar a multiforme presença de Deus na pluralidade de situações que compõem a trama da vida humana.Na Bíblia existe de tudo, desde guerras até poemas de amor. Tudo para dizer que qualquer situação humana nos coloca ao alcance da graça divina, cuja presença precisamos perceber. A Bíblia registra o esforço de Deus de se fazer entender, sua “condescendência” em vir ao encontro da humanidade.Traduzir a Bíblia, como fez São Jerônimo, não consiste só em colocá-la na linguagem de hoje. É, sobretudo, indicar a maneira atual como Deus continua nos falando, a partir de como ele já falou pelos livros que sua providência garantiu que ficassem por escrito, como testemunhas de sua disposição de nos comunicar seus mistérios de amor. Se nos damos conta de como ele falou, entenderemos como ele continua nos falando.
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