EVANGELHO DO DIA E HOMILIA
O AMANHECER DO EVANGELHO
REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM
Domingo de Ramos -ANO C: A GRANDE SEMANA
REZANDO COM O EVANGELHO DE DOMINGO DE RAMOS – ANO B
Meus irmãos. Com o Domingo de Ramos entramos na Semana Santa, também chamada de Semana Maior, já que nessa semana acontecem os maiores fatos da história da Salvação. Nestes dias vamos celebrar a paixão e morte e ressurreição de Jesus Cristo.
As leituras desta liturgia se misturam em dois fatos: A entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, como rei pacífico e libertador do homem e sua paixão e morte, como geradoras de libertação e de paz. Então a história da paixão e morte não é apenas a história da paixão e morte de Jesus. È também a nossa história. É também assunto nosso, porque Jesus morre por nós e nesse seu comportamento de doação até o extremo, ele se torna modelo de doação e de combate a tudo o que se opõe à construção do Reino de Deus.
Por conseguinte, esta semana , não pode ser santa apenas de nome, nem somente uma repetição de fatos passados ou de coisas conhecidas. Não podemos, nem devemos nesses dias olhar apenas para os fatos históricos. È preciso neles enxergar o sentido salvador que trazem. Temos de viver a semana santa, comparar a nossa vida, com a vida de Jesus, pois o cristão deve ser um outro cristo.
Vamos nestes dias celebrar e reviver o que aconteceu com Jesus há dois mil anos. A paixão e morte de Jesus ainda não terminou. Cristo continua sofrendo as dores dos homens. O caminho do calvário ainda existe. O caminho do calvário passa por nossas cidades, corta as nossas ruas e atravessa as nossas casas. Portanto, nessa semana não iremos apenas recordar o que se passou com Cristo, mas reviver este acontecimento que se prolonga através dos séculos.
Nós iniciamos a Semana Santa com a benção dos ramos. O ramo é símbolo da paz . Com isso nós queremos dizer que queremos dizer que somos gente de Paz, queremos construir a paz, ser pessoas de paz nesse mundo tão conturbado e sem paz.
Os ramos também enfeitam a imagem dos mártires. Ao mesmo tempo que nos fala de sofrimento, também nos fala de vitória. Ao levarmos conosco estes ramos queremos expressar a nossa adesão, a nossa entrega à pessoa de Jesus Cristo. Queremos também abraçar a causa de Jesus, ser suas testemunhas pela aplicação de seus ensinamentos na nossa vida prática.
Este Domingo de Ramos é, por assim dizer o resumo de toda a semana santa, porque faz a gente passar da alegria do triunfo passageiro de Jesus Cristo para as dores e sofrimento de sua paixão e morte, e ao mesmo tempo nos dá a certeza da ressurreição. É por isso que penso que este Evangelho de hoje t em muito a ver com a nossa vida. E é por isso que não basta que ele seja lido, ou escutado, mas deve ser rezado e meditado, colocá-los na nossa vida, vivenciá-los.
Este evangelho tem muito a ver conosco, com a nossa vida. Como Jesus teve aqueles momentos de alegria na entrada triunfal em Jerusalém, assim nós também temos nossas alegria nas verdadeiras amizades (especialmente com os nossos novos e antigos internautas que Deus está colocando em minha vida através desses cursos) nas nossas famílias, nas nossas comunidades, nas nossas festas, nas nossas atividades religiosas e nos nossos trabalhos.
Como Jesus teve seus momentos de sofrimentos e de tristezas, ao ser preso, julgado, caluniado e assassinado no alto da cruz, assim também temos nossos sofrimentos, nossas dores, nossas tristezas com as cruzes de cada dia que Deus nos proporciona.
É bom que a gente saiba que a nossa vida é assim mesmo, cheia de dicotomia: “ alegria e tristeza, noite e dia , de humilhação e glorificação; alegria e tristeza, saúde e doença, de vida e morte, de pecado e graça. É importante que cada um de nós viva e reflita sobre este mistério: Mistério de morte e vida e essas duas coisas se juntam para fazer o mistério da vida cristã. E cada um de nós sofre, contempla e vive esse mistério: Mistério de luz e de trevas, de morte e de vida, de graça e pecado.
Somos, por conseguinte, convidados a aprender com Jesus Cristo a aceitar e assumir a nossa vida como ele é, com suas dores e dificuldades, com suas vitórias e fracassos, descobrindo em tudo a mensagem de Deus que é Pai e que nos leva sempre para o bom caminho.
CONCLUSÃO
De tudo o que falamos deste Domingo de ramos que é o resumo da Semana Santa- tempo de Deus, podemos tirar uma conclusão importante:
Esta Semana só pode ser Santa, a partir das nossas atitudes. Porque para muita gente nem folcloricamente ela é santa, porque passam-na longe da Igreja, longe da oração, longe de Deus, ou numa fazenda, ou numa praia, aproveitando o descanso que a que nos concede.
Vamos , pois , fazer desta semana um tempo de reflexão e de oração, mas também um tempo de luta e de esforço para que a vida seja mais parecida com Jesus e para que lutemos contra o egoísmo que escraviza e trabalhemos com todas as nossas força para que o amor de Cristo reine aqui na nossa comunidade e na minha casa.
Amém!
Semana Santa, Tempo de Deus – Um vídeo mais completo e lindo sobre a Semana Santa – Confira –
SEMANA SANTA- TEMPO DE DEUS- VÍDEO LINDO DEMAIS – PADRE LUCAS
Na roda do tempo chega a Semana Santa. E, por isso mesmo, somos solenemente convocados nessa noite ao compromisso de viver em comunhão com os irmãos, “a sermos um só corpo, já que nos alimentamos desse único pão.(Ibid. v.17) E aí está para dar entrada o Domingo de ramos. A pequena multidão que acompanhou Jesus, descendo do Olivete para Jerusalém, está presente multiplicada em infinitas outras multidões, repetindo com alegria a mesma cena. Lá mesmo em Jerusalém se estará renovando o piedoso ritual, com os ramos de palmeiras e de oliveiras brotadas da mesma terra e sobre o mesmo sol e no mesmo clima em que Jesus caminhou naquela longínqua manhã dos tempos de Tibério, Herodes e de Pilatos. E nós aqui em cada canto desta terra religiosa de Minas, como em todo o Brasil e em todas as Igrejas cristãs do Oriente e do Ocidente, estaremos relembrando e celebrando esse momento de triunfo que forçou a entrada da Semana da Paixão do Senhor. É bom caminhar com Deus todos os dias de nossa vida.
E SEMANA SANTA É, PARTICULARMENTE TEMPO DE DEUS. Na Quinta-Feira Santa começa o chamado “Tríduo Pascal”. É o novo mandamento – mandatum novum- que Jesus proclamou nessa hora, quando também em gesto de humildade e de serviço lavou os pés de seus discípulos. Inclusive como comenta um elegante escritor “para livrar aqueles pés da poeira da estrada antiga e dar-lhe a liberdade da estrada nova”. (Gibran) Foi nessa Quinta-feira que nasceu a missa e o sacerdócio. E, quando reunirmos para a celebração eucarística dessa noite; estaremos cumprindo um ritual de recordação e de renovação. É uma ceia comemorativa. Mas com o sentido muito mais alto do que o que se verifica quando um grupo de amigos se reúne para lembrar um amigo ausente. A lembrança é aí, às vezes tão viva que parece que o amigo está presente. Mas aqui o AMIGO se torna presente mesmo! Ele é o invisível anfitrião, e se une aos amigos da forma mais íntima possível, sob os sinais do pão e do vinho que Ele mesmo escolheu e marcou, renovando em cada missa a presença e a eficácia de sua morte e do mistério da redenção: “ O cálice que abençoamos é a comunhão do sangue de Cristo; e o pão que repartimos é a comunhão do Corpo de Cristo{1 Cor. 10,16). Dentro da grande Sexta-Feira haverá um imenso respeito cheio de fé, caminhando com Cristo para o calvário na Via Sacra, ou celebrando as Sete Palavras, ou que participando, às três horas da tarde, da grande celebração da Paixão do Senhor, ou ainda caminhando pelas ruas na tradicional procissão do Senhor Morto hora de proveitosa meditação, sobre os nossos compromissos com Aquele que deu a sua vida por nós. Sabemos que, ao lado dos amigos fiéis, haverá nesse dia muita gente indiferente, como havia nas ruas de Jerusalém, quando passou por elas o grande cortejo… Houve até gente cheia de ódio, fazendo parte dos que lançaram a sentença de morte sobre o Santo e o Justo, do qual o próprio Pôncio Pilatos declarou cinco vezes que nEle não encontrara culpa alguma. É claro que nem de longe quereríamos pertencer a este grupo. Mas também para eles, Deus oferece o Perdão. E vamos pedi-lo, lembrando a grande palavra de Cristo na agonia: “Pai, perdoai- lhes, por que não sabem o que fazem!” Na noite de sábado a grande Vigília Pascal, “a Mãe de todas as santas vigílias”, como a classifica Santo Agostinho- “na qual a Igreja espera vigilante a ressurreição e a proclama nos sacramentos” (Calendário Romano) – verá acender-se o fogo, como semente brotada da pedra, celebrando o Cristo que ressurge vivo da pedra do sepulcro. E veremos a Igreja inteira receber a luz do Círio Pascal e proclamaremos entre aleluias a grande notícia sempre antiga sempre nova: Cristo ressuscitou! A Ressurreição é o ponto alto da Semana Santa. O centro da nossa fé. Ela é que deu sentido ao mundo, que perdera o sentido envolto nas trevas do pecado e da desesperança. Nesta noite tem imenso significado a renovação das promessas do batismo e a aspersão da água recém – santificada, sobre o povo, recordando o batismo recebido um dia. Pelo batismo – e o cristão sabe disso – nós nos associamos ao Cristo ressuscitado. É a nova vida que nasce em nós e que crescerá até a plenitude, quando passarmos do tempo para a eternidade. A alegria da ressurreição iluminará todo o tempo da páscoa e se prolongará por sete semanas, “como se fosse um só e longo Domingo”, até a festa de pentecostes, no qüinquagésimo (50º) dia. Só nos resta desejar que a fé e a oração dos cristãos na Semana Santa ajudem o mundo a levantar o coração para o alto. Para Deus. A fim de que não pereçam os valores mais profundos, que o materialismo vai tentando abafar. E reine na terra a alegria e a paz! “Esse é o dia que o Senhor fez, esse dia por excelência, é o dia do Senhor”.
REZANDO COM O EVANGELHO DO DIA
(LECTIO DIVINA)
Reflexões de PE Lucas de Paula Almeida,
DOMINGO DE RAMOS – ANO B- A GRANDE SEMANA
Tenho certeza de estar proclamando aquilo que está no mais profundo da consciência da Igreja, ao afirmar que a Semana Santa é o tempo mais bendito do calendário dos cristãos. É tudo muito nobre e muito sagrado!
O triunfo de Ramos no domingo da abertura da Semana comemora a entrada jubilosa de Jesus em Jerusalém, quando já era tarde para continuar a guardar segredo a respeito de sua condição de Messias, e o Divino Mestre aceitou que o povo se expandisse nas suas manifestações de alegria, cantando: “Hosana ao Filho de Davi!”
Toda a Semana é marcada por um clima de penitência e de humildade, através do qual os fiéis abrem seu coração diante de Deus, para que o Divino Salvador cubra com sua misericórdia a multidão de nossos pecados. A Quinta-feira Santa celebra a instituição da Eucaristia e revive em nossas igrejas o Cenáculo onde Jesus celebrou a última Ceia.
A Sexta-feira da Paixão é assinalada por um momento de dolorosa intensidade, quando, às três horas da tarde, lembramos aquelas três horas da tarde do dia 14 de Nisan, em que a cruz se plantou no alto do Calvário em Jerusalém, e o Redentor deu sua vida pela salvação do mundo. Nessa hora a comunidade cristã se reúne na igreja e se celebra uma especial Ação Litúrgica solene, feita de leituras, orações e adoração da Cruz.
E a tarde e a noite dessa mesma Sexta- feira é ainda significativamente marcada pelas celebrações de cunho popular: o Descendimento da cruz, e a Procissão do enterro, quando as ruas das cidades se transformam em multiplicados cortejos de cantos e orações, como que santificando todo o ambiente em que o povo mora e trabalha. E, quando a noite já vai alta no seu curso, ressoam ainda os ecos do cântico da Verônica, convidando a chorar os infinitos sofrimentos de Jesus: “O vos omnes…” -Ó vós todos que passais pelo caminho, parai e vede se há dor igual à minha dor.
Vem depois o respeitoso silêncio do Sábado Santo, comemorando o sepulcro do Senhor, onde Ele “repousou”, como repousa o operário cansado, para despertar na madrugada do primeiro dia da semana, esse dia que por isso passou a se chamar “domingo”, isto é, “o dia do Senhor”. Por isso mesmo, a noite do Sábado é iluminada pela gloriosa Vigília Pascal, com toda a riqueza das cerimônias de que ela se compõe: a bênção do fogo e do círio pascal; a riquíssima liturgia da Palavra, do Antigo Testamento e do Novo, terminando com a proclamação do evangelho da Ressurreição de Jesus; a bênção da água do batismo e a eventual celebração de alguns batizados; e a solene Eucaristia da Ressurreição. E essa alegria pascal se prolonga porto do o Domingo de Páscoa, até a recitação das Vésperas no fim do dia.
Os fiéis, hoje mais informados sobre as riquezas da Liturgia, sabem que o núcleo principal da Semana Santa é o Tríduo pascal- o sacratíssimo Tríduo do Crucificado, do Sepultado e do Ressuscitado, como nos ensina Santo Agostinho. Esse Tríduo se inicia com a missa vespertina da Ceia do Senhor na Quinta-feira e se estende até a Oração da Tarde do Domingo da Páscoa, quando se conclui.
E esses mesmos fiéis mais informados sabem que cada missa comemora e revive o Mistério Pascal do Senhor, – isto é, sua Morte e Ressurreição – pelo qual, morrendo, Ele destruiu nossa Morte, e, ressuscitando, restaurou a vida. Por isso mesmo, a Eucaristia é o centro e o ápice da Liturgia e de toda a vida da Igreja.
Já foi observado muito oportunamente que a posição de Jesus de braços abertos no alto da Cruz, não era apenas porque suas mãos estavam pregadas no madeiro. Queria significar também o gesto do orante, de braços abertos, rezando por toda a humanidade. A mais séria e a mais solene de todas as orações do mundo: o próprio sacrifício de adoração, de ação de graças e de propiciação que Jesus, Homem verdadeiro, representando todos os homens de todos os tempos, oferecia ao Pai celeste.
Como que comemorando o momento dessa solene oração, a Liturgia coloca na Ação Liturgica das três horas da tarde da Sexta-feira da Paixão, aquela que se chama “Oração Universal”. Nela a comunidade orante reza por todas as intenções do mundo: pela Igreja, pelo Papa, pelo Clero e pelos Leigos, pelos catecúmenos, pela unidade dos cristãos, pelos judeus -OS primeiros a quem Deus falou -, pelos que não crêem no Cristo, pelos que não crêem em Deus, pelos poderes públicos, e por todos os – que sofrem provações. É como que a misericórdia da Igreja, sombra da misericórdia de Jesus sobre o mundo, rezando por toda a humanidade. Nunca se poderá louvar bastante a sabedoria que inspirou essa oração.
LEITURAS DO DOMINGO DE RAMOS -ANO A:
1a) 1S 50,4-7
2a) Flp 2,6-11
3a) Mt 26, 14-27, 1-66
Domingo de Ramos -ANO C: ELES NÃO SABEM O QUE FAZEM
A GRANDE SEMANA
Não há povo que não celebre sua história. Para renovar a alegria dos triunfos e para retomar a coragem para a vitória contra os reveses. E, como se pode verificar desde tempos imemoriais, prevalece nessas celebrações o aspecto cultual.
As festas são sobretudo festas religiosas. Porque no mais íntimo da consciência humana está a certeza da presença da divindade – concebida segundo a diversidade das concepções das várias culturas – guiando os acontecimentos humanos.
Isto é evidente sobretudo no povo de Israel, cuja história é como que escrita por Deus. E sua principal festa comemorativa é a páscoa, quando celebram a grande gesta do povo: sua libertação da escravidão do Egito, a vida nômade no deserto durante quarenta anos, o encontro de Moisés com Deus no Monte Sinai e a celebração da aliança de Javé com o povo, a entrada na Terra Prometida.
Ao celebrar a Páscoa, segundo um ritual cuidadosamente organizado, em que sobressaía a imolação do cordeiro pascal, o povo tinha a consciência de não apenas estar celebrando um acontecimento longínquo, mas de sentir-se de novo envolvido pela ação de Deus salvador em favor da nação. E assumiam a atitude religiosa que tinham vivido seus antepassados ao sair do Egito. Eles eram o povo de Deus e o Senhor era o Deus do povo.
Ainda no ritual moderno dos judeus pode-se ler o seguinte: “Em todas as gerações cada um deve considerar-se como tendo saído pessoalmente do Egito. ..O Santo dos Santos – que Ele seja louvado – libertou não somente nossos antepassados, mas também a nós com eles” (cfr ADOLF ADAM -“O Ano Litúrgico”, pag. 18).
Nós somos os herdeiros da Páscoa dos judeus. Os acontecimentos narrados no livro do Êxodo são prelúdio da obra salvífica realizada por Cristo. Ele é o novo Cordeiro pascal, que tira os pecados do mundo. Moisés libertou o povo da escravidão do Egito. Jesus liberta o mundo da escravidão do pecado e de todos os males. Sua Morte
e sua Ressurreição – o mistério pascal – são o centro de nossa história.
E é isso que celebramos com nobre solenidade na Semana Santa, relembrada, aliás, de maneira mais simples em cada domingo do ano, como ainda em cada celebração eucarística: “todas as vezes que celebramos este sacrifício, torna-se presente a nossa Redenção” (lit. do II domingo do T. Comum).
É uma celebração que atualiza o acontecimento do passado, uma vez que a doação sacrifical de Cristo no Calvário permanece viva e atuante no Homem-Deus glorificado, “que vive para sempre para interceder por nós” (Hb 7, 25).
É por tudo isso que vemos com alegria chegar a Semana Santa. É a celebração festiva do major acontecimento de nossa história -a História da Salvação. E ficamos felizes por ver o interesse que nossas comunidades de fiéis dedicam a essa celebração. Na sua maneira característica da religiosidade popular, querem reviver o grande drama da Paixão e Ressurreição do senhor.
Talvez não tenham aquela penetração teológica que gostaríamos de ver em todos, mas cada gesto humilde de sua participação nessas celebrações tem, sem dúvida, imenso valor diante de Deus. E se vai alimentando na comunidade a fé nos grandes mistérios, que correm o perigo de ficar esquecidos no turbilhão de preocupações que povoam o espírito dos homens deste final de segundo milênio.
As pessoas que acompanham as procissões do Encontro e do Senhor Morto, de certo modo se estão incorporando ao pequeno grupo dos fiéis discípulos que acompanharam o Divino Salvador na subida ao Calvário e lhe assistiram à morte e ao sepultamento.
E – graças, sobretudo, à maior conscientização sobre o valor total da Semana Santa – participam com viva alegria na celebração da Vigília Pascal e cantam com pleno júbilo os aleluias pela Ressurreição do Senhor. Todos estão sabendo que a Semana Santa não acaba na sexta- feira. Seu ponto culminante é a celebração da Ressurreição.
Na sexta-feira da Paixão, a liturgia canta uma antífona tirada da carta de Paulo aos Filipenses: “Cristo se fez por nós obediente até à morte, e morte de cruz”.
No sábado santo, repete a antífona, acrescentando a segunda parte do texto de São Paulo: “Por isso Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu um nome que está acima de todos os nomes” (FL 2, 8-9). É toda a semana Santa!
LEITURAS do Domingo de Ramos – Ano C:
1a) Is 50, 4-7
2a) FI 2,6-11
3a) Lc 22, 14-23, 36