PE. Lucas de Paula Almeida, CM

Terça-feira da 3ª Semana do Tempo Comum

O envio dos setenta e dois discípulos

1) Oração

Ó Deus, sempre nos preceda e acompanhe a vossa graça para que estejamos sempre atentos ao bem que devemos fazer. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.2) Leitura do Evangelho (Lucas 10, 1-9)

Depois disso, designou o Senhor ainda setenta e dois outros discípulos e mandou-os, dois a dois, adiante de si, por todas as cidades e lugares para onde ele tinha de ir. Disse-lhes: Grande é a messe, mas poucos são os operários. Rogai ao Senhor da messe que mande operários para a sua messe. Ide; eis que vos envio como cordeiros entre lobos. Não leveis bolsa nem mochila, nem calçado e a ninguém saudeis pelo caminho. Em toda casa em que entrardes, dizei primeiro: Paz a esta casa! Se ali houver algum homem pacífico, repousará sobre ele a vossa paz; mas, se não houver, ela tornará para vós. Permanecei na mesma casa, comei e bebei do que eles tiverem, pois o operário é digno do seu salário. Não andeis de casa em casa. Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei o que se vos servir. Curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: O Reino de Deus está próximo.3) Reflexão

* Hoje, o evangelho traz o envio dos setenta e dois discípulos que devem anunciar a Boa Nova de Deus nos povoados, aldeias e cidades da Galiléia. Os setenta e dois somos todos e todas nós que viemos depois dos Doze. Através da missão dos discípulos e discípulas, Jesus tenta resgatar os valores comunitários da tradição do povo que estavam sendo abafados pelo duplo cativeiro da dominação romana e da religião oficial. Jesus procura renovar e reorganizar as comunidades para que sejam novamente uma expressão da Aliança, uma amostra do Reino de Deus. Por isso, ele insiste na hospitalidade, na partilha, na comunhão de mesa, na acolhida aos excluídos. Esta insistência de Jesus transparece nos conselhos que dava aos discípulos e às discípulas quando os enviava em missão. No tempo de Jesus havia vários outros movimentos que, como Jesus, procuravam uma nova maneira de viver e conviver, por exemplo, João Batista, os fariseus e outros. Eles também formavam comunidades de discípulos (Jo 1,35; Lc 11,1; At 19,3) e tinham seus missionários (Mt 23,15). Mas como veremos havia uma grande diferença.* Lucas 10,1-3: A Missão. Jesus envia os discípulos para os lugares aonde ele próprio deve ir. O discípulo é porta-voz de Jesus. Não é dono da Boa Nova. Ele os envia dois a dois. Isto favorece a ajuda mútua, pois a missão não é individual, mas sim comunitária. Duas pessoas representam melhor a comunidade.* Lucas 10,2-3: A Co-responsabilidade. A primeira tarefa é rezar para que Deus envie operários. Todo discípulo e discípula deve sentir-se responsável pela missão. Por isso deve rezar ao Pai pela continuidade da missão. Jesus envia seus discípulos como cordeiros no meio de lobos. A missão é tarefa difícil e perigosa. Pois o sistema em que eles viviam os discípulos e ainda vivemos era e continua sendo contrária à reorganização do povo em comunidades vivas.* Lucas 10,4-6: A Hospitalidade. Ao contrário dos outros missionários, os discípulos e as discípulas de Jesus não podem levar nada, nem bolsa, nem sandálias. Mas devem levar a paz. Isto significa que devem confiar na hospitalidade do povo. Pois o discípulo que vai sem nada levando apenas a paz, mostra que confia no povo. Acredita que vai ser recebido, e o povo se sente respeitado e confirmado. Por meio desta prática o discípulo critica as leis de exclusão e resgata os antigos valores da convivência comunitária. Não saudar ninguém pelo caminho significa que não se deve perder tempo com coisas que não pertencem à missão.* Lucas 10,7: A Partilha. Os discípulos não devem andar de casa em casa, mas sim permanecer na mesma casa. Isto é, devem conviver de maneira estável, participar da vida e do trabalho do povo do lugar e viver do que recebem em troca, pois o operário merece o seu salário. Isto significa que devem confiar na partilha. Assim, por meio desta nova prática, eles resgatam uma antiga tradição do povo, criticam a cultura de acumulação que marcava a política do Império Romano e anunciam um novo modelo de convivência.* Lucas 10,8: A Comunhão de mesa. Os fariseus, quando iam em missão, iam prevenidos. Achavam que não podiam confiar na comida do povo que nem sempre era ritualmente “pura”. Por isso, levavam sacola e dinheiro para poder cuidar da sua própria comida. Assim, em vez de ajudar a superar as divisões, as observâncias da Lei da pureza enfraqueciam ainda mais a vivência dos valores comunitários. Os discípulos de Jesus devem comer o que o povo lhes oferece. Não podem viver separados, comendo sua própria comida. Isto significa que devem aceitar a comunhão de mesa. No contato com o povo, não podem ter medo de perder a pureza legal. Agindo assim, criticam as leis da pureza em vigor e anunciam um novo acesso à pureza, isto é, à intimidade com Deus.* Lucas 10,9a: A Acolhida aos excluídos. Os discípulos devem tratar dos doentes, curar os leprosos e expulsar os demônios (Mt 10,8).

Isto significa que devem acolher para dentro da comunidade os que dela foram excluídos. Esta prática solidária critica a sociedade excludente e aponta saídas concretas. É o que hoje faz a pastoral dos excluídos, migrante e marginalizados.* Lucas 10,9b: A chegada do Reino. Caso todas estas exigências forem preenchidas, os discípulos podem e devem gritar aos quatro ventos:

O Reino chegou! Anunciar o Reino não é em primeiro lugar ensinar verdades e doutrinas, mas sim levar a uma nova maneira de viver e de conviver como irmãos e irmãs a partir da Boa Nova que Jesus nos trouxe de que Deus é Pai/Mãe de todos nós.4) Para um confronto pessoal

  1. Hospitalidade, partilha, comunhão de mesa, acolhida aos excluídos: são as pilastras que sustentam a vida comunitária. Como isto está sendo realizado na minha comunidade?
  2. O que é para mim ser Cristão ou ser Cristã? Numa entrevista na TV, alguém respondeu ao repórter: “Sou cristão procuro viver o evangelho, mas não participo na comunidade da Igreja”. O repórter comentou: “Então você se considera um bom jogador de futebol, mas não faz parte de nenhum time!” É o meu caso?

5) Oração final

Glorifiquem-vos, Senhor, todas as vossas obras, e vos bendigam os vossos fiéis. Que eles apregoem a glória de vosso reino, e anunciem o vosso poder. (Sal 144, 10-11)

HINO A SÃO LUCAS EVANGELISTA – HINO A SÃO LUCAS

https://www.youtube.com/watch?v=QfpCHOLCMrU&ab_channel=CNBBPadreLucas

HINO A SÃO LUCAS EVANGELISTA

LETRA. JOÃO DE ARAUJO

MÚSICA. PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA

1. Com fervor, no Evangelho narraste

tantos gestos repletos de amor

e um segredo às nações revelaste:

é de todas jesus salvador!

Tu falaste da ovelha perdida,

que o pastor foi buscar e encontrou.

do ferido na estrada da vida,

de quem só o estrangeiro cuidou!

 

MISERICÓRDIA E COMPAIXÃO,

DO PAI TU MOSTRAS AO PECADOR

POR NÓS SÃO LUCAS GRAÇA

E PERDÃO TAMBÉM SUPLICA AO DEUS DE AMOR.

 

2. Vidas cheias do Espírito Santo

tu retratas no pleno fervor,

de Maria e Isabel – puro encanto!

Simeão , ou de Estevão, na dor!

Filho errante , que volta à certeza,

junto ao Pai, que o recebe feliz,

vida orante, uma fé, uma mesa

na partilha que a vida bendiz.

 

MISERICÓRDIA E COMPAIXÃO,

DO PAI TU MOSTRAS AO PECADOR

POR NÓS SÃO LUCAS GRAÇA E PERDÃO

TAMBÉM SUPLICA AO DEUS DE AMOR.

 

3. Tu descreves a Igreja nascente,

seu exemplo de amor tão fiel.

Não, porém, de alegria somente

mas de lutas, em busca do céu!

Missionária e de Deus Messe e vinha,

um sinal da feliz salvação.

Com a cruz sempre a Igreja caminha

e em Jesus se faz luz, povo-irmão.

 

MISERICÓRDIA E COMPAIXÃO,

DO PAI TU MOSTRAS AO PECADOR

POR NÓS SÃO LUCAS GRAÇA E PERDÃO

TAMBÉM SUPLICA AO DEUS DE AMOR.

HINO A SÃO LUCAS EVANGELISTA –

Letra JOÃO DE ARAUJO –

Música PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA

HINO A SÃO LUCAS EVANGELISTA

LETRA. JOÃO DE ARAUJO

MÚSICA. PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA

1. Com fervor, no Evangelho narraste

tantos gestos repletos de amor

e um segredo às nações revelaste:

é de todas jesus salvador!

Tu falaste da ovelha perdida,

que o pastor foi buscar e encontrou.

do ferido na estrada da vida,

de quem só o estrangeiro cuidou!

 

MISERICÓRDIA E COMPAIXÃO,

DO PAI TU MOSTRAS AO PECADOR

POR NÓS SÃO LUCAS GRAÇA

E PERDÃO TAMBÉM SUPLICA AO DEUS DE AMOR.

 

2. Vidas cheias do Espírito Santo

tu retratas no pleno fervor,

de Maria e Isabel – puro encanto!

Simeão , ou de Estevão, na dor!

Filho errante , que volta à certeza,

junto ao Pai, que o recebe feliz,

vida orante, uma fé, uma mesa

na partilha que a vida bendiz.

 

MISERICÓRDIA E COMPAIXÃO,

DO PAI TU MOSTRAS AO PECADOR

POR NÓS SÃO LUCAS GRAÇA E PERDÃO

TAMBÉM SUPLICA AO DEUS DE AMOR.

 

3. Tu descreves a Igreja nascente,

seu exemplo de amor tão fiel.

Não, porém, de alegria somente

mas de lutas, em busca do céu!

Missionária e de Deus Messe e vinha,

um sinal da feliz salvação.

Com a cruz sempre a Igreja caminha

e em Jesus se faz luz, povo-irmão.

 

MISERICÓRDIA E COMPAIXÃO,

DO PAI TU MOSTRAS AO PECADOR

POR NÓS SÃO LUCAS GRAÇA E PERDÃO

TAMBÉM SUPLICA AO DEUS DE AMOR.