* «Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me! (Marcos 8, 34-9,1)-

O AMANHECER DO EVANGELHO

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA

REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

                                                                                    Sexta-feira da 6ª Semana do Tempo ComumTEMA DO DIA: * «Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me! O Evangelho de hoje traz as condições para uma pessoa poder seguir a Jesus. Pedro não entendeu a proposta de Jesus quando este lhe falou do sofrimento e da cruz. (Marcos 8, 34-9,1)1) Oração

Ó Deus, que prometestes permanecer nos corações sinceros e retos, dai-nos, por vossa graça, viver de tal modo, que possais habitar em nós. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.2) Leitura do Evangelho (Marcos 8, 34-9,1)

Naquele tempo, 34chamou Jesus a multidão juntamente com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. 35Porque o que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, salvá-la-á. 36Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida? 37Ou que dará o homem em troca da sua vida?38Porque, se nesta geração adúltera e pecadora alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os seus santos anjos. 9:1E dizia-lhes: Em verdade vos digo: dos que aqui se acham, alguns há que não experimentarão a morte, enquanto não virem chegar o Reino de Deus com poder.3) Reflexão Mc 8, 34-9,1

* O Evangelho de hoje traz as condições para uma pessoa poder seguir a Jesus. Pedro não entendeu a proposta de Jesus quando este lhe falou do sofrimento e da cruz. Pedro aceita Jesus como Messias, mas não como Messias sofredor. Diante da incompreensão de Pedro, Jesus descreve o anúncio da Cruz e explica o significado da cruz para a vida dos discípulos (Mc 8,27 a 9,1).

* Contexto histórico de Marcos: Nos anos 70, quando Marcos escreve, a situação das comunidades não era fácil. Havia muito sofrimento, muitas cruzes. Seis anos antes, em 64, o imperador Nero havia decretado a primeira grande perseguição, matando muitos cristãos. Em 70, na Palestina, Jerusalém estava sendo destruída pelos romanos. Nos outros países, estava começando uma tensão forte entre judeus convertidos e judeus não convertidos. A dificuldade maior era a Cruz de Jesus. Os judeus achavam que um crucificado não podia ser o messias, pois a lei afirmava que todo crucificado devia ser considerado como um maldito de Deus (Dt 21,22-23).Marcos 8,34-37Condições para seguir a Jesus

Jesus tira as conclusões que valiam para os discípulos, para os cristãos do tempo de Marcos e para nós que vivemos hoje: Quem quiser vir após mim tome sua cruz e siga-me! Naquele tempo, a cruz era a pena de morte que o império romano impunha aos marginais. Tomar a cruz e carregá-la atrás de Jesus era o mesmo que aceitar ser marginalizado pelo sistema injusto que legitimava a injustiça. A Cruz de Jesus não é fruto de fatalismo da história, nem é exigência do Pai. A Cruz é a conseqüência do compromisso livremente assumido por Jesus de revelar a Boa Nova de que Deus é Pai e que, portanto, todos e todas devem ser aceitos e tratados como irmãos e irmãs. Por causa deste anúncio revolucionário, ele foi perseguido e não teve medo de dar a sua vida. Prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão. Em seguida, Marcos insere aqui duas frases soltas.Marcos 8,38-9,1Duas frases soltas: uma exigência e um aviso.

A primeira (Mc 8,38), é a exigência para não termos vergonha do Evangelho, mas termos sim a coragem de professá-lo. A segunda (Mc 9,1), é um aviso sobre a vinda ou a presença de Jesus nos fatos da vida. Alguns achavam que Jesus viria logo (1Ts 4,15-18). Jesus, de fato, já veio e estava presente nas pessoas, sobretudo nos pobres. Mas eles não o percebiam. Jesus mesmo tinha dito: “Aquela vez que você ajudou o pobre, o doente, o sem casa, o preso, o peregrino, era eu!” (Mt 25,34-45)4) Para um confronto pessoal

  1. Qual é a cruz que pesa sobre mim e que me torna a vida pesada? Como a carrego?
  2. Ganhar a vida ou perder a vida; ganhar o mundo inteiro ou perder a alma; ter vergonha do evangelho ou professa-lo publicamente. Como isto acontece em minha vida hoje?                                                                                                                                                                           5) Oração final

Feliz o homem que teme o Senhor, e põe o seu prazer em observar os seus mandamentos.

Será poderosa sua descendência na terra, e bendita a raça dos homens retos. (Sal 111, 1-2)

 

O AMANHECER DO EVANGELHO

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA

REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

Sexta-feira da 6ª semana do Tempo Comum

 TEMA DO DIA: * «Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me! O Evangelho de hoje traz as condições para uma pessoa poder seguir a Jesus. Pedro não entendeu a proposta de Jesus quando este lhe falou do sofrimento e da cruz.Antífona de entrada
Sede o rochedo que me abriga, a casa bem defendida que me salva. Sois minha fortaleza e minha rocha; para honra do vosso nome, vós me conduzis e alimentais (Sl 30,3s).1.Oração do Dia

  1. Ó Deus, que prometestes permanecer nos corações sinceros e retos, dai-nos, por vossa graça, viver de tal modo, que possais habitar em nós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 1a Leitura – Tiago 2,14-24.26
Leitura da Carta de São Tiago.
14De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo?
15Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano,
16e algum de vós lhes disser: “Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos”, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará?
17Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma.
18Mas alguém dirá: “Tu tens fé, e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”.
19Crês que há um só Deus. Fazes bem. Também os demônios crêem e tremem.
20Queres ver, ó homem vão, como a fé sem obras é estéril?
21Abraão, nosso pai, não foi justificado pelas obras, oferecendo o seu filho Isaac sobre o altar?
22Vês como a fé cooperava com as suas obras e era completada por elas.
23Assim se cumpriu a Escritura, que diz: “Abraão creu em Deus e isto lhe foi tido em conta de justiça”, e foi chamado amigo de Deus.
24Vedes como o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé?
26Assim como o corpo sem a alma é morto, assim também a fé sem obras é morta.Palavra do Senhor.

Salmo – 111/112
Feliz é todo aquele
Que ama com carinho a lei do Senhor Deus!

Feliz o homem que respeita o Senhor
e que ama com carinho a sua lei!
Sua descendência será forte sobre a terra,
abençoada a geração dos homens retos!

Haverá glória e riqueza em sua casa,
e permanece para sempre o bem que fez.
Ele é correto, generoso e compassivo,
como luz brilha nas trevas para os justos.

Feliz o homem caridoso e prestativo,
que resolve seus negócios com justiça.
Porque jamais vacilará o homem reto,
sua lembrança permanece eternamente!

Evangelho – Marcos 8,34-9,1
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu vos chamo meus amigos, pois vos dei a conhecer o que o Pai me revelou (Jo 15,15).

Mc 8,34-9,1): Chamou, então, a multidão, juntamente com os discípulos, e disse-lhes: «Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me! Pois quem quiser salvar sua vida a perderá; mas quem perder sua vida por causa de mim e do Evangelho, a salvará. De fato, que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida? E que poderia alguém dar em troca da própria vida? Se alguém se envergonhar de mim e de minhas palavras diante desta geração adúltera e pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória do seu Pai, com seus santos anjos». E disse-lhes: «Em verdade vos digo: alguns dos que estão aqui não provarão a morte, sem antes terem visto o Reino de Deus chegar com poder».

  1. REFLEXÃO:

* O Evangelho de hoje traz as condições para uma pessoa poder seguir a Jesus. Pedro não entendeu a proposta de Jesus quando este lhe falou do sofrimento e da cruz. Pedro aceita Jesus como Messias, mas não como Messias sofredor. Diante da incompreensão de Pedro, Jesus descreve o anúncio da Cruz e explica o significado da cruz para a vida dos discípulos (Mc 8,27 a 9,1).* Contexto histórico de Marcos:

Nos anos 70, quando Marcos escreve, a situação das comunidades não era fácil. Havia muito sofrimento, muitas cruzes. Seis anos antes, em 64, o imperador Nero havia decretado a primeira grande perseguição, matando muitos cristãos. Em 70, na Palestina, Jerusalém estava sendo destruída pelos romanos. Nos outros países, estava começando uma tensão forte entre judeus convertidos e judeus não convertidos. A dificuldade maior era a Cruz de Jesus. Os judeus achavam que um crucificado não podia ser o messias, pois a lei afirmava que todo crucificado devia ser considerado como um maldito de Deus (Dt 21,22-23).* Marcos 8,34-37. Condições para seguir a Jesus

Jesus tira as conclusões que valiam para os discípulos, para os cristãos do tempo de Marcos e para nós que vivemos hoje: Quem quiser vir após mim tome sua cruz e siga-me! Naquele tempo, a cruz era a pena de morte que o império romano impunha aos marginais. Tomar a cruz e carregá-la atrás de Jesus era o mesmo que aceitar ser marginalizado pelo sistema injusto que legitimava a injustiça. A Cruz de Jesus não é fruto de fatalismo da história, nem é exigência do Pai. A Cruz é a conseqüência do compromisso livremente assumido por Jesus de revelar a Boa Nova de que Deus é Pai e que, portanto, todos e todas devem ser aceitos e tratados como irmãos e irmãs. Por causa deste anúncio revolucionário, ele foi perseguido e não teve medo de dar a sua vida. Prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão. Em seguida, Marcos insere aqui duas frases soltas.* Marcos 8,38-9,1. Duas frases soltas: uma exigência e um aviso.

A primeira (Mc 8,38), é a exigência para não termos vergonha do Evangelho, mas termos sim a coragem de professá-lo. A segunda (Mc 9,1), é um aviso sobre a vinda ou a presença de Jesus nos fatos da vida. Alguns achavam que Jesus viria logo (1Ts 4,15-18). Jesus, de fato, já veio e estava presente nas pessoas, sobretudo nos pobres. Mas eles não o percebiam. Jesus mesmo tinha dito: “Aquela vez que você ajudou o pobre, o doente, o sem casa, o preso, o peregrino, era eu!” (Mt 25,34-45)

Para um confronto pessoal

  1. Qual é a cruz que pesa sobre mim e que me torna a vida pesada? Como a carrego?
  2. Ganhar a vida ou perder a vida; ganhar o mundo inteiro ou perder a alma; ter vergonha do evangelho ou professa-lo publicamente. Como isto acontece em minha vida hoje?